“O Abutre” (2014)

CRÍTICA - THIAGO MORELLO

Data 05/08/2018
Horário 05:47
Divulgação
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Estreado em dezembro de 2014, o ator norte-americano Jake Gyllenhaal nos surpreendeu com mais um papel que deixa marcas. Escondido entre os filmes da Netflix, “O Abutre” conta a história do jovem Louis Bloom, que tem dificuldades em arrumar um emprego e, sendo assim, decide encarar a vida do jornalismo policial independe, em Los Angeles. Uma câmera na mão e a ganância no pensamento são as únicas ferramentas utilizadas por Louis, que decide gravar acidentes, assaltos, enfim, tudo que envolva sangue e principalmente cenas de morte, pra vender as imagens às grandes emissoras. No decorrer do longa, ele mostra uma falta de bom senso e sentimentalismo, ao registrar tudo: desde uma batida de carros até expor vítimas dilaceradas em um crime. Um jornalismo questionado por muitos. Com o crescimento e abertura de empresa própria, que traduz a entrada de dinheiro fácil, o protagonista vai de amador a profissional, e consegue até mesmo chegar em crimes e acidentes antes das autoridades, de modo que altera a cena para seu benefício comercial. Nessa altura, não é mais preciso explicar o porquê do título do filme. A direção de Dan Gilroy mostra alguém oportunista na desgraça alheia, um jornalismo que mesmo em patamares menores existe, e um sentimento de dó e raiva pelo protagonista.

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