Semestre é marcado por altas temperaturas em Prudente

Segundo meteorologista José Tadeu Garcia Tommaselli, número está “bem acima” da média; junho de destacou com 2,5ºC a mais que a série histórica

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 05/07/2019
Horário 11:16
José Reis - Semestre registrou altas temperaturas
José Reis - Semestre registrou altas temperaturas

A temperatura média registrada nos dois primeiros meses do ano chegou, respectivamente, a 27,5ºC e 25,3ºC, mostrando uma oscilação de mais ou menos dois graus a mais que série histórica (1969 a 2015), conforme a sinopse climática feita pela Estação Meteorológica da FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista), que analisa o clima em Presidente Prudente. Os demais meses seguiram na mesma margem, mas atingiu o pico de 2,5ºC em junho, quando comparado os períodos. Isso mostra que o semestre, como um todo, foi marcado por altas temperaturas.

A percepção física pôde garantir esse cenário, ao longo dos dias, mas que é reforçado pela fala do meteorologista e responsável pela sinopse, José Tadeu Garcia Tommaselli. E segundo ele, tal situação pode ser consequência do fenômeno el niño, que provoca mudanças climáticas, bem como as altas temperaturas nos oceanos pacíficos. “É um pacote de fatores, que provam essas condições de bloqueio. Mas cada ano, cada época, terá suas motivações”, completa.

E se a temperatura está mais alta, atrela-se também um menor volume de chuva. De acordo com a sinopse climática do semestre, de janeiro a junho foram 52 dias com chuva, o que totalizou 595,8 mm (milímetros) de precipitação. Em comparação com a séria histórica, foram nove dias a menos de intempéries, e 121,1 mm de diferença, uma vez que os seis meses de tal período registrou 717 mm.

 “Choveu pouco mesmo, inclusive em junho, quando somente foram registrados três dias de pancadas. Mas não podemos dizer que essas condições são anormais. Tudo oscila bastante, está sim abaixo da média, mas sempre vai dar uma diferença”, pontua Tommaselli.

Umidade do ar

A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda que a umidade relativa do ar deva estar acima de 60%, a fim de que não impulsione um mal-estar físico, além das doenças respiratórias que o tempo seco traz. A título de curiosidade, na média mínima de cada mês dos últimos seis, o menor indicador, que ficou abaixo do recomendado, foi o de maio, com 51%. Em março, o número chegou ao ápice, com 69%. E na média total das mínimas mensais, o quantitativo vai a 59,8%.

Em números

Período

Temperatura

Precipitação

Umidade relativa (%)

Máxima

Média

Mínima

Milímetros (mm)

Dias com chuva

Máxima

Média

Mínima

Janeiro

36,8

27,5

19,7

200,8

13

100

65

67

Fevereiro

36,8

26,1

19,5

154,6

12

100

68

56

Março

33,1

25,3

18,3

96,8

12

100

68

69

Abril

33,3

25

18,2

71,4

4

100

67

59

Maio

32,3

22,8

11,2

55,4

8

100

67

51

Junho

30,5

22

11,6

16,8

3

100

59

57

Total/Média

33,8

24,8

16,4

595,9

52

100

65,6

59,8

Fonte: Estação Meteorológica da FCT/Unesp

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