“Tenho muito a agradecer, tanto pela realização pessoal como profissional”

Carlos Vitor Negri da Silva - tenente-coronel da reserva

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 04/02/2020
Horário 04:01
Weverson Nascimento: "O que se aprende a valorizar muito é a vida, as amizades e o respeito acima de tudo"
Weverson Nascimento: "O que se aprende a valorizar muito é a vida, as amizades e o respeito acima de tudo"

Trinta anos de trabalho não podem ser resumidos em poucas palavras, mas o tenente-coronel Carlos Vitor Negri da Silva, comandante do 8º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), tentou. À frente do comando desde que o mesmo foi criado, mas com uma atuação na região desde 1995, nos últimos dias, ele entrou para a reserva. Em despedida, mas feliz por ter trabalhado bastante, como ele mesmo diz, contou um pouco do que viu durante sua atuação e o que espera do futuro.

O Imparcial: Como foi o seu trabalho, desde o início da carreira policial?

Vitor: Bom, fica difícil falar, mas eu ingressei na Polícia Militar em 1989. Trabalhei algum tempo na capital. Estou aqui no interior desde 1995, e aqui sempre exerci minhas atividades na cidade de Presidente Prudente, no comando de pelotão, na função de tenente. E depois participei de alguns processos, como a criação do Copom [Centro de Operações da Polícia Militar] e na atuação de suporte administrativo, na questão de planejamento. Em dois anos eu tive a satisfação de comandar o 18º BPM/I [Batalhão de Polícia Militar do Interior], um batalhão bastante ativo, que atua em 21 municípios e, no último ano, o 8º Baep. Então, a carreira é extensa e a instituição nos permite isso aí, uma variação muito grande nas nossas funções.

Qual é sentimento ao ver toda essa trajetória percorrida?

Eu tenho muito a agradecer a instituição, como realização profissional e pessoal. Sou filho de policial militar e tenho um sentimento de dever cumprido. A alegria de ter cumprido a missão, de ter sido comandante e comandado pessoas excelentes, pessoas devotadas, pessoas que sacrificam horas a fio de convívio familiar, em defesa da sociedade.

O que pode ser destacado nesses anos de trabalho, pensando em desafios e aprendizados?

A instituição nos permite uma vivência muito intensa e muito próxima dos problemas em relação à violência e insegurança da população, e a gente tenta reverter isso. Então, é uma profissão intensa nesse sentido. Acho que se valoriza muito e o que se aprende a valorizar muito é a vida, as amizades e o respeito acima de tudo.

A Polícia Militar sofre pelo olhar errado de parte da população?

Eu creio que não. A maioria da população entende o serviço do policial militar Nós somos muito interpretados e às vezes pouco compreendidos. Mas não é aquela compreensão manifesta, mas a maioria entende o nosso trabalho, precisa do nosso trabalho e ao mesmo tempo nós precisamos a população. O policial militar precisa que a população interaja com a instituição, para que o serviço ofertado tenha um resultado melhor, mais adequado e gere o bem comum.

Com a saída, o que o senhor espera para a corporação a partir de agora?

A evolução constante. Que a sociedade evolua, a instituição evolua e que o policial militar também evolua, se aperfeiçoe, treine... Enfim, não só para a instituição, mas para todo o país, um futuro de uma nação bem melhor.

PERFIL

Nome: Carlos Vitor Negri da Silva

Idade: 48 anos

Formação: Direito

Naturalidade: Presidente Prudente

Contato: vitornegrievns@gmail.com

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