Poucos sabem, mas o programa de mestrado e doutorado em Geografia da Unesp (Universidade Estadual Paulista) em Presidente Prudente alcançou e mantém, desde 2007, a nota máxima da pós-graduação brasileira, que é 7.
Tal feito só foi e é possível graças a mais de 30 anos de trabalho coletivo, construindo uma posição de destaque no cenário nacional e internacional, recebendo alunos de todos os Estados brasileiros e do exterior, com qualidade nas pesquisas realizadas, integração com os cursos de graduação, divulgação e publicação de artigos, capítulos de livros e livros e troca permanente com docentes de universidades estrangeiras.
Mas não menos importante é a sintonia fina entre sua produção acadêmica e os problemas e desafios da sociedade, sejam local, nacional e internacional, tendo já formado mais de 850 mestres e doutores. Um dos pilares básicos para tal crescimento foi, até muito recentemente, a disponibilidade de bolsas de estudos para seus alunos.
Seus 32 docentes e mais de 140 discentes matriculados não se acomodam com a excelente avaliação já conquistada e buscam inovações
Porém, os cortes reais de bolsas e outros recursos por parte do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e tecnológico) e Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) colocam em sério risco não apenas este, mas todos os programas de pós-graduação do país.
Mesmo assim, seus 32 docentes e mais de 140 discentes matriculados não se acomodam com a excelente avaliação já conquistada e buscam inovações através da implantação de política de reserva de vagas, novos projetos de investigação e abertura ou renovação de contatos com universidades estrangeiras, desbravando as fronteiras do conhecimento com a sensibilidade de sempre se abrir às demandas da comunidade, com forte inserção social e a certeza de contribuir de maneira inovadora para o enfrentamento das desigualdades, iniquidades e exclusões deste imenso país.
