A dança das cadeiras

OPINIÃO - Marcos Alves Borba

Data 29/11/2017
Horário 12:08

Pelo menos era o que não deveria ser, mas geralmente é o que mais acontece. Estamos vivenciando a cada ano, e se não for a cada semestre, o desafio das escolas que buscam e querem a todo custo manter o aluno até um final do ciclo de estudos. O que verdadeiramente cabe aos pais em manter seu filho naquela escola ou simplesmente retirá-lo dali e leva-lo a outra que provavelmente poderá lhe conduzir melhor seus estudos.

É evidente que não se tem bola de cristal para adivinhar se aquela escola será o melhor àquela criança ou adolescente, devido toda atribuição dada e oferecida depender única e exclusivamente dele. O que as aparências enganam o tempo sempre será o condutor de que se isso pode ou não dar certo.

É natural que neste exato momento todos estão procurando fazer o melhor para que essa situação de permanência na escola possa simplesmente beneficiar o maior interessado nessa jogada, o aluno. É notório lembrarmos que esse desafio de permanência do aluno, sempre caberá uma junção de fatores que possa ser distribuída a todos os envolvidos nesse processo. Onde pais, professores, gestores e coordenadores pedagógicos buscam se unir para que toda essa possibilidade agregue contribuições importantes que edifique sua permanência.

Um dos maiores desafios para os pais, sempre será se seu filho irá se adaptar nesse processo de mudanças, naquele novo ambiente. O que lhes cabe uma simples comparação, quando possivelmente seu filho, talvez, não poderá se adaptar aos novos amigos. Tudo por uma questão de que quanto mais proteção melhor, pois não admitem que seus filhos sintam na pele o desafio da mudança, pois o novo pode incomodá-lo e até prejudica-lo futuramente.

Se considerarmos o montante de situações que praticamente pode mudar uma criança ou adolescente num processo de mudanças, em um determinado ambiente, a lista não terá fim. Mas sempre com cautela, buscar entender o que verdadeiramente pode afetá-lo nesse quesito desconfortável, quando ele pede aos pais que aquela escola não serve mais para ele. Principalmente, nessa volúpia de grande escala quando muitas escolas têm e buscam que tal sistema é o melhor que possa ajudar o seu filho nessa fase de sua vida.   

Somos de um tempo em que o que menos nossos pais viam e nem davam a mínima era o fato de conhecer mais pessoas, pois sempre acreditavam em nossas possíveis buscas, o que poderíamos fazer amizades em qualquer lugar, desde que soubéssemos acreditar naquilo que realmente queríamos ser e ter.

Entendemos que muitas situações verdadeiramente quando acontecem não são tão simples, mas é preciso que os pais busquem e sintam quando seus filhos precisam encarar novos desafios num processo de crescimento, e não de muita proteção. Assim aprendem assim se desafiam, e assim podem buscar naturalmente o que aquela escola pode somar a sua vida. Sejam elas municipais, estaduais, particulares, sempre terá a distinta valorização de seus interesses, mas desde que possa somar num processo de formação que contribua com o crescimento dessas crianças e adolescentes. Hoje, e mais ainda nos deparamos com pais cada vez mais novos, e que tem filhos muito cedo, e que ainda acreditam que a escola irá lhes proporcionar a solução melindres, numa proteção muito maior do que imaginam de suas pessoinhas que precisam crescer.

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