Hoje, ocorre no campo da Acae (Associação Cultural, Agrícola e Esportiva) de Presidente Prudente, a 15ª Taça Hidekazu Nakaya de Gueitebol. Participam aproximadamente 100 atletas de municípios como Álvares Machado, Araçatuba, Assis, Prudente, Dracena, Junqueirópolis, Martinópolis, Pirapozinho, Pompéia, Presidente Venceslau, Rancharia e Tupã.
Segundo a coordenadora Luisa Miyasaki, 72 anos, a abertura está marcada para às 7h30. Após as cidades todas se apresentarem os jogos são iniciados. O evento é aberto ao público que queira apreciar o esporte.
Conforme a coordenadora, a maioria que assiste às partidas são os acompanhantes dos atletas. Ela lamenta o fato de estar diminuindo cada vez mais o número de praticantes do gueitebol. Segundo Luisa, no começo as pessoas falavam que o esporte era voltado para a terceira idade e por isso existia certo preconceito de alguns que diziam que era “jogo de velho”.
Por este motivo, Luisa conta que a União e a Federação de Gueitebol, de São Paulo começou a fazer propagandas para chamar a atenção do público sobre a introdução no esporte desde crianças, a partir dos 8 anos de idade.
Luisa ressalta que hoje até tem um pessoal jovem muito animado, na região da paulista. Mas, na região da alta sorocabana está bem fraquinho, infelizmente. “Já chegamos a ter nove times em Prudente. Hoje estamos em nove pessoas. Mas, não deixamos morrer e vamos fazendo o que podemos. No mês que vem, dias 6 e 7 de julho, vamos participar do campeonato Memuru, em Junqueirópolis”, comenta Luísa.
A coordenadora explica que homens e mulheres jogam juntos. Ela diz que depende, mas cada cidade tem um tipo de torneio. “Martinópolis, por exemplo, tem jogo de casal que é composto por um casal casado, um casalo formado e um viúvo. Em Venceslau tem o masculino e feminino porque ai em setembro, fazemos uma repescagem de atletas pela região e disputamos o Brasileiro de Gueitebol”, anima-se.
Curiosidade
O Gueitebol é um esporte praticado em quadras de chão batido, por duas equipes usando tacos especiais, em forma de “T”. Uma equipe joga com cinco bolas com números ímpares e a outra equipe com bolas com números pares. A cada bola numerada corresponde também um respectivo jogador. A partida de Gueitebol começa com o primeiro jogador tentando passar a sua bola pelo primeiro gate – pequenas traves de ferro. Se ele conseguir, dará mais uma tacada e pode continuar jogando caso acerte outras bolas. Os objetivos seguintes são fazer com que a sua bola atravesse os gates 2 e 3 e, por último, bater no pino central.
Também é importante atirar as bolas adversárias para fora do campo, atrasando as jogadas do outro time.
História
Segundo descrito no site www.gateball.org.br, o Gueitebol foi criado no Japão, em 1947, logo após a 2ª Guerra Mundial, por Eiji Suzuki, residente em Asahikawa, província de Hokkaido. Vendo o país abalado pela derrota na guerra, o fundador quis oferecer às crianças uma brincadeira divertida, e a partir do críquete (esporte muito popular na Inglaterra), Suzuki idealizou o gueitebol, que não necessitava de muito equipamento e nem de grande área, ideal para o Japão que possui pouca área e grande população.
A princípio o esporte foi pensado para crianças, mas, com o tempo começou a ter grande aceitação entre os idosos. Nos fins dos anos 80 começou a “estourar” em Kyushu, e num piscar de olhos espalhou por todo Japão. Após a regulamentação, o esporte se expandiu rapidamente, inclusive no exterior como na China e Brasil.
No Brasil foi por Matsumi Kuroki, em novembro de 1978. Em 17 de julho de 1979, foi realizado o primeiro jogo em equipe no campo da Associação de Jovens de Fukuhaku. Em 1981, Sadamu Dan, ex-morador da colônia Itapeti interessou-se pelo esporte. Vieram alguns interessados na colônia Fukuhaku em Suzano para participar de treinos e entusiasmados, levaram o livro de regulamentos. Finalmente, em 11 de Setembro de 1981, foi realizado no Brasil o 1º Torneio de Gueitebol, promovido pelo clube de anciões Hakuju-kai de Itapeti.
Serviço
O campo da Acae (Associação Cultural, Agrícola e Esportiva) está localizado na Avenida José Campos do Amaral – Residencial Anita Tiezzi, em Presidente Prudente.
