Lá se foram dois anos e dois meses desde o fatídico Água Santa quatro Palmeiras um, realizado no dia 27 de março de 2016, válido pelo Campeonato Paulista daquele ano. Desde então, o Estádio Municipal Paulo Constantino, Prudentão, em Presidente Prudente, que em outras épocas foi palco de grandes jogos do cenário do futebol brasileiro, permanece sem receber partidas de maior relevância. Situação que poderia mudar, conforme divulgado pelo site “Gazeta Esportiva” e publicado na edição de hoje deste diário. Porém, a falta de manutenção e as péssimas condições do local mais uma vez afastaram a possibilidade da cancha abrigar um confronto de alcance nacional.
Depois de o Corinthians cogitar mandar um de seus jogos ao estádio no ano passado, desta vez o Santos sondou o local para trazer a partida válida pela Copa do Brasil, contra a equipe do Luverdense, marcada para próxima quinta-feira. Mas, como a própria diretoria do alvinegro praiano afirmou, “a direção não gostou do que encontrou, por isso tiramos a possibilidade de [o jogo] acontecer. Fomos sim, observar qual a possibilidade e situação do local, mas não nos agradou”, disse em nota.
O “xis da questão”, de acordo com a diretoria santista, está nas más condições do gramado, mas também na capacidade do local. O estádio até agradaria o clube pela capacidade, que é de 45.954 pessoas, mas como apenas o setor verde está liberado pelo Corpo de Bombeiros, a capacidade do Prudentão está reduzida para algo em torno de 20 mil pessoas. O Santos até se comprometeu a atuar em Prudente “mais pra frente”, desde que o campo e as dependências, de responsabilidade do município, passem pelas devidas reformas.
O problema é que “as devidas reformas” não estão nos planos do Executivo municipal, pelo menos é o que afirmou a Semepp (Secretaria Municipal de Esporte). “Nossa prioridade é saúde e educação”, enfatizou. Óbvio que saúde e educação são prioridade, isso não se questiona. Entretanto, é inaceitável que um dispositivo público com tanto potencial como o Prudentão esteja abandonado. Do jeito que está, o local dá e vai continuar dando prejuízo aos cofres públicos, tirando assim o que poderia ser investido em “saúde e educação”. Por isso, ou a administração investe no local e o torna viável novamente – seja para jogos oficiais, ou para shows, festas, apresentações -, ou fecha as portas e decreta de vez a falência do estádio.
