Adoção minimiza abandono e comércio de animais

EDITORIAL -

Data 11/12/2019
Horário 04:05

A reportagem do jornal O Imparcial trouxe ontem, nas páginas deste periódico, que o número de animais – cães e gatos – que deram entrada no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) entre 2018 e 2019 apresentou redução de 22%. Entre os cães, a baixa foi de 18,8%, passando de 101 para 82 animais. Já se tratando de gatos, a queda foi equivalente a 28,8% – de 45 para 32. Questionada sobre o motivo que poderia justificar este cenário, a gerente do órgão, Maria Lúcia Alves Costa Matioli, atribuiu à eficácia das campanhas de incentivo à adoção feitas pela mídia.

De fato, os meios de comunicação e as redes sociais exercem um importante papel nesse sentido. Diante do alto número de usuários que formam a comunidade virtual e da facilidade na disseminação de informações, o compartilhamento de imagens de animais que foram abandonados e esperam por uma nova casa ganhou força e viabilizou que mais pessoas chegassem a esses bichinhos e se tornassem responsáveis por seus cuidados.

Apesar deste aspecto positivo, isso não significa que o abandono de animais é uma realidade menor. Diariamente, novos cachorros e gatos estão sendo descartados nas ruas, expostos a riscos que ameaçam inclusive a própria saúde pública, como a proliferação de doenças. Para ajudar a minimizar este problema, um dos passos é a adoção, que permite um novo lar para estes pets e a oportunidade de combater o comércio de animais. Afinal, fazendo a adoção responsável de um bichinho, você não precisará pagar por outro como se este fosse uma mercadoria.

Ao receber este animal na sua casa, é importante que o responsável compreenda que está assumindo um compromisso duradouro e é sua atribuição zelar pela vida do novo amigo e oferecer todos os cuidados necessários, como vacinação, banho, alimentação e lazer. Por isso, a adoção também é um ato que precisa ser pensado e planejado, conforme a disponibilidade orçamentária e de tempo de cada um, e não realizado impulsivamente. Afinal de contas, nenhum animal gostaria de ser resgatado e, dentro de determinado período, ser devolvido novamente para as ruas.

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