Apoio e incentivo: atletas merecem isso e muito mais

EDITORIAL -

Data 03/01/2020
Horário 04:01

Falta de patrocínio, de incentivo ou até mesmo de locais adequados para treinos ainda é uma realidade enfrentada por diferentes modalidades esportivas, em diversas cidades brasileiras. Principalmente por aqueles que estão começando.

Muitos atletas, principalmente os amadores, desistem da carreira ainda no início, pela falta de apoio e, consequentemente, de bons resultados. Apesar da dedicação e do talento para o esporte, a maioria deles, ainda jovens, precisa conciliar a maratona de treinos com os estudos ou até mesmo com o trabalho. Quando chega a hora tão aguardada de participar de uma competição fora de casa, a grana para inscrições, passagens e hospedagens muitas vezes precisa sair do próprio bolso. Com tantas dificuldades, o desempenho nem sempre favorece. Desistir, em muitos casos, acaba sendo bem mais fácil.

Muitas vezes noticiamos aqui, modalidades que pedem por novos espaços, que lutam por patrocínios e por reconhecimento profissional, mesmo já tendo trazido inúmeras medalhas para casa. Alguns projetos ou programas tentam reverter este quadro e merecem ser destacados. Um deles é o Bolsa Atleta que, desde sua criação, em 2005, já concedeu 69,5 mil auxílios financeiros para 27 mil atletas de todo o país, superando a marca de R$ 1,2 bilhão.

Na segunda-feira, conforme divulgado na edição de hoje, foi publicada no Diário Oficial da União, pelo Ministério da Cidadania, a lista dos contemplados pelo programa, no edital nº2/2019. Entre eles, estão seis prudentinos, sendo três talentos do badminton - Enzo Anzai, da equipe Semepp/Adoar, e Caio Henrique da Silva e Rogério Junior Xavier de Oliveira, ambos do Sesi-SP (Serviço Social da Indústria) -, e três beisebolistas da Acae (Associação Cultural, Agrícola e Esportiva): Daniel Pinheiro Miranda, Guilherme Mitsuo Kaimoti Takahashi e Gustavo Cardoso Macena. Todos na categoria internacional, em função dos ótimos resultados apresentados em 2018.

Quantas vezes não vimos estes nomes e de outros prudentinos nas páginas de O Imparcial no ano passado, com conquistas mundo afora? Programas como este ajudam e muito nos treinamentos, podem ser usados para complementar alimentação, auxiliar nos custos com transporte, hospedagem e viagens, além da compra de materiais, por exemplo. Atletas que levam o nome da cidade pelo país e pelo mundo merecem muito mais. Merecem, sobretudo, serem valorizados.

 

 

 

 

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