Arrecadação da Previdência cresce 8% no semestre

De acordo com a Receita Federal, responsável pelos dados, número foi de R$ 666.118.527 para R$ 720.119.267, em comparação com os primeiros seis meses de 2018

REGIÃO - THIAGO MORELLO

Data 13/07/2019
Horário 04:10
Arquivo - “Está melhorando, vagarosamente, mas está”, diz economista
Arquivo - “Está melhorando, vagarosamente, mas está”, diz economista

No primeiro semestre de 2019, a Previdência Social arrecadou R$ 720.119.267 na região de Presidente Prudente, que é composta por 56 municípios. Tal número é 8,1% maior que o mesmo período do ano passado, quando a cifra chegou a R$ 666.118.527 no acumulado. Os dados são da DRF (Delegacia da Receita Federal), que é responsável pela arrecadação. Em média, o valor pago mensalmente ao órgão em 2019 chegou a R$ 120.019.877,33.

Isso mostra que o número de empregados, e, naturalmente, contribuintes, pode ter aumentado? Aos olhos do economista Moisés Martins, sim, mas não expressivamente. Ele explica que, o fato de o número arrecado ser maior mostra que os empregos formais que foram recolocados pertencem às classes mais altas, com salários maiores. “Está melhorando, vagarosamente, mas está. Isso mostra uma recolocação, mas que ainda não compensa o que perdemos nos últimos anos”, completa.

Por outro lado, o cenário ainda colide com um número alto de desempregados. O que mostra, de acordo com Moisés, é que a população sem qualificação, na faixa salarial mais baixa, está desempregada. “O que precisa ser feito é um maior incentivo para que a roda da economia possa voltar a girar mais rápido. E, para isso acontecer, não é só consumir. É consumir, produzir e movimentar”, pontua. Para ele, isso só vai acontecer quando a população de baixa renda estiver próxima de empregos mais qualificados.

Reforma

O assunto voltou à tona depois que a Câmara dos Deputados aprovou, na última quarta-feira, o texto base da reforma da Previdência. A proposta teve 379 fotos a favor e 131 contra. E, desde então os parlamentares têm votado destaques apresentados pelas bancadas. Ontem mesmo (12 de julho), o dia foi reservado para analisar e votar oitos emendas à PEC (Proposta de Emenda à Constituição).

Nas ruas, o assunto pode divide opiniões. Por exemplo, o vendedor Rodrigo Sousa Freitas, de 29 anos, entende que a reforma é necessária, “para que os gastos com a arrecadação sejam mais controlado”. Para ele, a medida vai trazer mais economicidade aos cofres públicos, “e justiça previdenciária”.

Por outro lado, apesar de ser a favor de uma reforma, a estudante Camila Brito Almeida, de 25 anos, pensa que a proposta apresentada deve sim promover economia ao governo, porém, de forma injusta. “Muito se fala em acabar com privilégios, mas o que vemos é um texto que produz efeitos para pessoas ricas, enquanto a fatia mais pobre da população ainda vai penar para ter um fim de vida digno e que possa atender as condições de vida”, opina.

 

REPASSE AOS BENEFICIÁRIOS

O INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) não soube precisar o valor repassado à região no mesmo período analisado pela Receita Federal, bem como a quantidade de beneficiários, para que pudesse ser calculado o déficit ou superávit. Contudo, na região de Prudente, somente em maio (último dado do órgão), o número de benefícios, incluindo aposentadorias, pensões, auxílios-doença e etc, chegou a 186.427, com valor de repasse a R$ 263.482.420,72. O número abrange as agências da Previdência de Adamantina, Álvares Machado, Dracena, Martinópolis, Rancharia, Rosana, Santo Anastácio, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, Presidente Venceslau e Teodoro Sampaio.

 

MÊS DE MAIO

REGIÃO

Nº DE BENEFÍCIOS

VALOR PAGO

Presidente Prudente

186.427

R$ 263.482.420,72

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