Bagagem de mão é economia a passageiros

Abear realiza campanha para esclarecer sobre o serviço de malas, mas Aviesp classifica ver como uma proposta que ainda não trouxe efeitos positivos ao consumidor

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 01/05/2019
Horário 04:30
José Reis - Mudança de hábito do consumidor dá preferência ao uso de bagagens de mão em viagens
José Reis - Mudança de hábito do consumidor dá preferência ao uso de bagagens de mão em viagens

O administrador de empresas, Rodrigo Garcia, 34 anos, desembarcou em Presidente Prudente de uma viagem de avião que partiu de Campinas, acompanhado de uma bagagem mão. Para ele, a pequena quantidade de pertences levados no trecho faz com que haja economia, já que nos casos de bagagens despachadas existe uma cobrança pelo serviço. “A diferença que eu pagaria, consigo usar para pegar um táxi ou fazer uma refeição”. Justamente para alertar sobre como proceder em viagens, quando o assunto é o tipo de mala e quais materiais levar na aeronave, é que a Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) realiza no site e nos principais aeroportos do país uma campanha. “O objetivo é agilizar o fluxo dos clientes nas áreas de embarque, evitando atrasos e trazendo maior conforto”. Para a Aviesp (Associação das Agências de Viagens Independentes do Interior do Estado de São Paulo), no entanto, a ideia não deu certo.

Antes de falar sobre a iniciativa, vale destacar que, ainda durante entrevista com o administrador de empresas, um fato que o desagrada é a obrigação de ter que pagar uma taxa além da passagem para levar uma mala maior. “Já pagamos impostos demais por esse serviço. Muitas vezes tenho que deixar em casa um ferro de passar roupa, um óculos, ou peças que não cabem na mala que levamos em cima conosco”. Rodrigo afirma, no entanto, que a praticidade no momento de embarque e desembarque, sem ter que esperar na esteira, pode ser vista como o lado positivo.

Para esclarecer sobre o funcionamento e regras que norteiam esse serviço é que a Associação Brasileira das Empresas Aéreas tem orientado os passageiros de voos domésticos, desde o início do mês, conforme as normas definidas pela Resolução 400/2016 da Agência Nacional de Aviação Civil. A campanha segue até o dia 8 de maio. “Após isso [o período da campanha], as malas fora do padrão precisarão ser despachadas nos check-ins das companhias aéreas, estando sujeitas a cobranças de acordo com o tipo de franquia contratado para a viagem. As medidas da bagagem de mão [para voos nacionais e internacionais] são 55 centímetros de altura x 35 centímetros de largura e 25 centímetros de profundidade”.

Para o diretor regional da Aviesp, Marcos Antônio de Carvalho Lucas, a proposta que prevê gratuidade na bagagem de mão e cobrança na despachada não funcionada da forma como deveria, justamente porque o serviço requer alterações. “Essa é uma promessa que não chegou a ser concretizada, pois a ideia era reduzir o valor das passagens, sendo que, na contramão, criaram uma taxa de R$ 60 para despachar a mala de forma antecipada, ou R$ 120 se for contratado na hora, ou seja, o consumidor teve prejuízos e não benefícios conforme previsto”.

Ainda segundo Marcos, ao ver que os usuários do transporte mudaram de hábito no que diz respeito às bagagens e, para evitar gastos, é que as companhias decidiram padronizar a proposta e criar os critérios para a utilização do serviço, como é o caso das medidas estipuladas. “Elas viram que poderiam ter novos prejuízos. Vejo que esse cenário dificilmente será alterado, mas as pessoas já entenderam da economia e estão sabendo ganhar tempo e dinheiro”.

BAGAGEM DE MÃO

Medidas

- 55 centímetros de altura
- 35 centímetros de largura
- 25 centímetros de profundidade

Proibido
Armas e réplicas de armas, exceto para agentes públicos que comprovem estar realizando funções como escolta de autoridade ou atividade investigatória. Objetos pontiagudos ou cortantes - tesoura com lâminas maiores de 6 centímetros, canivete, navalha e demais, outros instrumentos que possam ferir - martelo, alicate, bastões e substâncias tóxicas, explosivas ou inflamáveis - aerossóis, fluído de isqueiro.

O que levar
Aconselha-se: objetos frágeis, importantes, de valor econômico e sentimental ou úteis para a viagem — equipamentos eletrônicos, remédios, dinheiro, documentos, chaves e material para leitura ou conforto pessoal.
Fonte: Abear

 

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