Bla, bla, bla

OPINIÃO - Arlette Piai

Data 15/10/2019
Horário 04:05

Vivemos a época “do bla” mais intenso da história, mas está comprovado que o excesso “de informações” é tóxico. O cérebro não consegue digerir as cargas da imprensa, televisão, internet, iphone, ipad, celular, etc. E para completar, as instituições de ensino têm sido também fábricas de informações, embora o Google o faça com mais eficiência. 

Estudiosos do cérebro propõem a ignorância programada, ou seja, as pessoas devem escolher o que desejam conhecer e estudar e descartar o resto que vira entulho. Aluno, cuide da sua saúde mental! Depois do vestibular e Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), descarte entulhos que entupiram suas mentes para que ela não adoeça. Hoje as escolas procuradas são as que “apertam”. Apertar do latim significa comprimir e a compressão começa na infância quando a criança, aos 6 anos, passa sentada ouvindo o professor falar, falar...  somado a mais um depósito de lição pra casa. Onde fica o direito de a criança brincar? E o direito de o jovem aprofundar seus talentos? No campeonato do nosso país, fora do futebol, ainda nenhum gol fora marcado, já que Prêmio Nobel para o Brasil: é zero.

Voltando ao bla, bla, ninguém vale pelas palavras. Em termos de discursos, analisei-os dos quatro governadores do Rio de Janeiro que foram presos: Sérgio Cabral, Pezão, Anthony Garotinho e Rosinha Matheus. Que populismo abominável. É a vida pregressa dos candidatos e suas ações que mostram o que eles são. Um homem pode enganar por muito tempo, mas jamais para sempre e nossa história recente é a prova disso.

Presidente Prudente é um município de povo trabalhador. Nossas crianças e jovens têm direito ao amor aos estudos que as escolas devem potencializar. Os sistemas de ensino precisam, portanto, tomar rumo da nova era em que vivemos para que os brasileiros possam sentir orgulho não só da bola no pé.  Entretanto, pasme leitor, com os disparates assombrosos do atual ministro da Educação: “Eles [os professores] têm 45 dias de férias, “piso nacional” e até comida grátis na escola. E ainda reclamam. É preciso enxugar tudo isso ou o país continuará quebrado.” Nós, professores, quebramos o Brasil ou “o Brasil” quebrou o ensino público e os professores?

 

 

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