A rotina de um bombeiro militar é imprevisível. De dentro do caminhão, toca o chamado e as equipes rapidamente se organizam a caminho da ocorrência. E são muitas as situações pelas quais os profissionais passam, desde salvamentos aquáticos às retiradas de vítimas em acidentes. Mas, de que adianta salvar vidas se a própria saúde está em risco? Condicionamento físico. Essas são as palavras-chave para quem atua na área, não apenas no começo da carreira, mas durante toda a trajetória no Corpo de Bombeiros.
No 14º Grupamento de Bombeiros, em Presidente Prudente, “os combatentes” são submetidos às atividades para que não sejam pegos de surpresa com problemas no corpo, em específico, na musculatura. No caso dos que atuam na prontidão (que vão para a rua), os treinos são de uma hora por serviço. “Utilizamos várias formas de exercícios, mas com foco no funcional”, diz o 1º-sargento Rodrigo de Oliveira Cacciatore, formado em educação física e responsável por orientar os treinos.
Ele conta que muitas das atividades são adaptadas do famoso crossfit. “Os exercícios são para fortalecer a musculatura que utilizamos na ocorrência. Por exemplo, para levantar uma maca é preciso fortalecer os músculos posteriores”, explica. “É como se fosse uma prevenção, que além de ajudar na hora da ocorrência, também previne lesões futuras”, salienta.
Assim como dentro de uma academia comum, as idades dos praticantes também interferem nas atividades. Segundo o sargento, o treino é igual para todos, mas precisa de mudanças conforme a individualidade biológica de cada soldado. “Faz o mesmo exercício, mas com diferença nas repetições”.
Além de levantamento de peso, outras atividades também são aplicadas, como natação e corrida. Para isso, conta com parceiros como a Apea (Associação Prudentina de Esportes Atléticos) e a Prefeitura, que cedem seus espaços à corporação. “Quando muda o cenário surge um estímulo que envolve a parte psicológica da prontidão”, frisa Cacciatore.
