Brasileiro clama por descanso em meio ao turbilhão da crise

EDITORIAL -

Data 19/07/2018
Horário 04:00

Lá se vão quatro anos desde as últimas eleições para o Palácio do Planalto, Câmara dos Deputados e Senado Federal, que desencadearam a maior crise econômica da história do Brasil e, tanto tempo depois, o país ainda sofre com os reflexos desse terremoto. A edição de ontem deste diário trouxe pelo menos duas notícias com abalos causados pela persistente instabilidade financeira do país. E isso, às vésperas de mais uma campanha eleitoral que definirá o próximo presidente da República, deputados estaduais e federais, bem como senadores.

Na primeira delas, O Imparcial apontou que a balança comercial do primeiro semestre na região de Presidente Prudente, se comparada com o mesmo período no ano passado, terminou com um saldo negativo de 30,73%, conforme dados disponibilizados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Segundo o levantamento, os 24 municípios que realizam os serviços de exportações na região apresentaram uma queda de US$ 57.318.333 no comparativo dos dois períodos.

Em outra notícia, a região de Prudente, depois de um superávit no mês de maio, fechou junho em baixa no nível de emprego, com um saldo negativo de menos 250 postos de trabalho, conforme levantamento divulgado pelo Ciesp/Fiesp (Centro e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Vale lembrar, que em todo país, segundo o último levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número de desempregados já atinge 13,4 milhões de trabalhadores, o que corresponde a uma média de 12,9%.

São números preocupantes, que se arrastam e formam um emaranhado que engole o brasileiro, ao passo que coopera para a manutenção da instabilidade do país. Na parte de baixo da pirâmide, entre os mais afetados por tudo isso, o brasileiro clama por um alento, um respiro, algo que acabe com a crise e traga o prometido sossego. Mas o que vê pela frente é mais um pleito eleitoral. O mesmo que há quatro anos trouxe o furacão. Então onde se apegar? Talvez na esperança! Esperança de que desta vez será diferente e, independente de quem chegar ao poder, o descanso virá, em breve!

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