Foi na manhã de sábado que o corpo de Maurício Amâncio da Silva, de 49 anos, foi encontrado caído na cozinha, conforme noticiado por este diário. Nos cômodos da residência, no Jardim Vantini 2, em Pirapozinho, indícios mostravam que a vítima teria tentado se defender do golpe que atingiu a garganta, resultando na morte. Segundo a Delegacia de Polícia Civil no município, a residência estava “toda revirada” e havia marcas de sangue em diversos locais, principalmente ao redor do corpo. O crime foi registrado como homicídio qualificado por motivo torpe, sem meio de defesa à vítima.
A polícia acredita que a morte de “Max” possa ter ocorrido em momento de fúria de Renato Pires, de 32 anos. Ainda não se sabe como a dupla se conheceu, mas testemunhas dizem que no dia 7 de junho eles foram vistos em um bar no município, onde ingeriram bebidas alcóolicas. No local, apresentaram-se como se tivessem um relacionamento amoroso. Durante cinco dias, Renato não foi mais visto e retornou à casa da vítima por volta de 18h de sexta-feira. “Eles conversaram e depois Renato foi ao bar, a 150 metros da casa, onde tomou algumas doses de cachaça”, afirma o delegado Rafael Galvão.
Ele permaneceu lá por 30 minutos, retornando ao imóvel por volta de 19h30. Vizinhos disseram que ouviram uma discussão “acalorada”, com quebras de objetos e barulhos de sufocamento. “Parecia briga passional, acharam estranho e não quiseram se meter. Entre 15 e 20 minutos depois, crianças chamaram os pais quando viram o carro da vítima sendo retirado de modo estranho”, relata. Na condução, o investigado fugia após desferir um golpe contra a garganta do cabeleireiro. Ele chegou a bater no carro do vizinho.
O veículo utilizado na fuga foi um Corsa/Classic Life, 2004, da cor azul. Acredita-se que tenha sido abandonado em alguma área rural. O aparelho celular da vítima também não foi encontrado. A última vez em que esteve ativado foi às 20h01 de sábado, próximo ao horário do crime. “Não trabalhamos com a hipótese de latrocínio, porque o carro foi subtraído para dar fuga”, afirma o delegado. Quem tiver informações que possam ajudar na investigação, é preciso entrar em contato por meio do número 181. O serviço é totalmente anônimo.