Censo econômico busca levantar dados para orientar ações de desenvolvimento

Um dos focos está na agricultura familiar, que deverá ser orientada a buscar produtos mais rentáveis, inclusive com aporte do Pronaf

REGIÃO - Da Redação

Data 13/07/2019
Horário 05:16
João Paulo Barbosa/AI da Unoeste - Convênio entre a Prefeitura da cidade e a Unoeste foi assinado na última sexta
João Paulo Barbosa/AI da Unoeste - Convênio entre a Prefeitura da cidade e a Unoeste foi assinado na última sexta

Em breve, será iniciado o mapeamento da economia de Narandiba. Os dados a serem obtidos servirão para orientar ações de desenvolvimento. Nesse sentido, acaba de ser firmado convênio entre a Prefeitura e a Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), autorizada pela Câmara de Vereadores.

O censo econômico será feito por universitários contemplados com bolsa-pesquisa e que atuarão sob orientação e supervisão do Gdecor (Grupo para Desenvolvimento Econômico e de Competividade Regional), coordenado pelo professor Alexandre Bertoncello e mantido junto aos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Agronegócio.

Os entendimentos para o trabalho em cooperação técnica foram iniciados em abril deste ano, quando a proposta do Gdecor foi apresentada para gestores públicos em reunião na universidade. O prefeito Itamar Santos Silva (PSDB) aceitou a proposta, solicitou a autorização dos vereadores e foi o primeiro a assinar o convênio na última sexta-feira.

O documento foi assinado ainda por Augusto César de Oliveira Lima, na condição de diretor geral da Apec (Associação Prudentina de Educação e Cultura), que é a mantenedora da Unoeste, e pelo pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão, Adilson Eduardo Guelfi.

Alexandre Bertoncello também assinou e disse que o mapeamento será o ponto de partida para orientar ações envolvendo setores públicos e privados. Um dos focos está na agricultura familiar, que deverá ser orientada a buscar produtos mais rentáveis, inclusive com aporte do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

Para Adilson, essa decisão do poder executivo, com o aval do poder Legislativo, é muito importante para planejar o desenvolvimento do município e assim promover o bem-estar coletivo, incluindo a geração de renda nos setores agrícola, pecuário, comércio e prestação de serviços.

Itamar comenta que essa nova parceria com a Unoeste reafirma o propósito de sua administração, cuja filosofia de trabalho está voltada para investir no conhecimento para gerar transformação. “Esse projeto irá mostrar o que temos e o que poderemos fazer para dinamizar a economia do município”, afirma.

Usina

De acordo com o chefe do Executivo, a grande força é a Cocal, indústria do setor sucroalcooleiro. O restante que movimenta economia no município é a agricultura familiar, que, somente na merenda escolar, tem como elevar a comercialização de R$ 5 mil para R$ 21,9 mil mensal, ou seja, 320% a mais.

O gasto médio da administração com a merenda é de R$ 73 mil e, há três anos, os agricultores familiares conseguiam comercializar R$ 13 mil. O que representava mais da metade dos 30% estipulados em lei para que as prefeituras ou Estados adquiram produtos dessa origem. O problema da redução do montante negociado, conforme o prefeito, é que nem sempre o agricultor familiar consegue manter regularidade na entrega dos produtos. Além do prazo, tem ainda a questão da qualidade aferida pelo profissional nutricionista. São questões para as quais espera ser encontrada solução com a consultoria do Gdecor.

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