A Cia Pé de Cana estaciona sua Kombi, neste sábado, às 20h, no bairro rural Terras do Imoplan, em Presidente Prudente, em parceria com o coletivo cultural Galpão da Lua. A apresentação do espetáculo “Circo de Doisdo” será em frente ao ponto de ônibus, ao lado do bar do Nivaldo. O evento é gratuito, com contribuição espontânea no chapéu.
De acordo com a sinopse da peça, Capivara e Fiofó são dois palhaços nada convencionais, que tocam seu pequenino circo a bordo de uma Kombi. No comando de um picadeiro improvisado, revelam acrobatas internacionais, malabaristas dançantes e uma besta fera selvagem! Esse é o primeiro espetáculo da Cia Pé de Cana, que traz um resgate das pequenas trupes mambembes e convida todos a embarcar num universo lucidamente louco, sem muita lógica, mas repleto de diversão.
Projeto
A Cia Pé De Cana, criada em 2013, na cidade de Iracemápolis, interior de São Paulo, vem pesquisando desde o seu surgimento, a arte circense na rua. A escolha da arte na rua se deve ao seu caráter democrático de atingir as pessoas, não fazendo diferenças de sua classe social, credo, etnia etc. “A rua é de todos, assim como queremos que seja a nossa e todas as artes”, ressalta o grupo, que tem como proposta a circulação pelas cinco regiões do Brasil, com o projeto Nóisnakombi, que traz consigo uma Kombi chamada Iracema, munida de espetáculo e oficinas de circo.
Pé de Cana
Denis Menezes e Hugo Delariva trabalham juntos desde 2007, onde realizavam intervenções em eventos e festas. Em 2011, passam a fazer parte do grupo de palhaços de hospital, onde aprimoram a relação com o palhaço, tendo a partir desse momento a arte como profissão. Em 2013, em Iracemápolis, nasce a Cia Pé de Cana, que desenvolve trabalhos voltados à arte-educação, intervenções e espetáculos.
O nome da Cia Pé de Cana deve-se a Iracemápolis estar rodeada de cana de açúcar, onde se criou uma cultura relacionada ao ciclo da cana. Boa parte da população um pouco mais antiga da cidade viveu a dura realidade do trabalho braçal relacionada ao plantio e ao corte da cana. Nesse contexto, também se encaixa a história de um dos integrantes da companhia, que de família nordestina, retirante da seca, reconhece em seus pais e avós a responsabilidade de erguer impérios para os patrões do Sudeste.
Com AI