Na manhã de ontem, foi encaminhado ao Fórum de Presidente Epitácio, o documento final do inquérito da Operação Dâmocles, realizada pela Polícia Civil, que prendeu suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas e ligação com facções que agiam dentro e fora dos presídios. Conforme o delegado responsável pelo caso, Márcio Domingos Fiorese, foram solicitadas 54 prisões preventivas à Justiça, sendo que 52 delas são a título de conversões das prisões temporárias em preventivas, bem como duas delas em desfavor de dois presos em flagrante que na época, foram localizados com quantidades de entorpecentes. Três suspeitos de envolvimento no esquema ainda continuam foragidos.
Conforme explica o delegado, o trabalho de investigação policial durou sete meses e foi realizado pelo serviço de inteligência local. Com o intuito de apurar o tráfico de drogas e associação ao tráfico ligado a facções criminosas que agiam dentro e fora dos presídios paulistas da região, foi constatado que existia um grupo criminoso liderado por detentos ligados às facções que, na época, estavam presos em unidades de Presidente Bernardes, Lucélia e Junqueirópolis.
No dia 19 de abril, as investigações, que tiveram início em Presidente Epitácio, possibilitaram a apreensão dos suspeitos em Dracena, Junqueirópolis, Presidente Epitácio, Presidente Prudente e Santo Anastácio, além de Bataguassu (MS) e Campo Grande (MS). O delegado explica que a Operação Dâmocles recebeu este nome pelo fato de os envolvidos no esquema de tráfico trabalharem para pessoas com vínculos às facções criminosas, sem saber o risco que correm.
