Com 4,5 mil filiados, Sintrapp completa hoje 30 anos

Membros do sindicato classificam 2018 como satisfatório e já traçam metas para o próximo ano; principal objetivo é o plano de cargo, carreira e salário

REGIÃO - SANDRA PRATA

Data 14/12/2018
Horário 06:42
AI do Sintrapp/Cedida - Greve de 1995, conhecida como “152%”, que reivindicava reajuste salarial
AI do Sintrapp/Cedida - Greve de 1995, conhecida como “152%”, que reivindicava reajuste salarial

Era meados de dezembro de 1988 quando José de Oliveira,70 anos, até então servidor público, se tornou um dos fundadores do que viria a ser o Sintrapp (Sindicato dos Servidores Municipais de Presidente Prudente e Região). No começo, conforme relembra, eram apenas 15 pessoas unidas por uma única vontade: “construir um grupo que lute e dê força aos trabalhadores”. E assim foi. Hoje, a entidade representa 18 cidades da região e tem mais 4,5 mil filiados. Ainda presente nas ações e eventos da instituição que ajudou a criar, José se emociona ao comemorar hoje 30 anos de sindicato e em verbalizar as lembranças de todos esses anos: “É família. Só vou abandonar o Sintrapp quando morrer”.

Participante do sindicato há 25 anos e atual presidente, Luciana Telles, diz que o grupo tem muito que comemorar, mas também muito que lutar ainda. Fechando 2018 com sensação de dever cumprido no primeiro ano de presidência, ela idealiza para 2019 a realização da principal meta da instituição, a implantação do “plano de cargo, carreira e salário”. De acordo com ela, já existe uma comissão que realizará ações no próximo ano em prol da concretização do que é “o sonho dos trabalhadores”.

O objetivo é trazer tranquilidade, motivação e, quem sabe, reajustes salariais para a classe, pontua a secretária-geral do Sintrapp, Sônia Vasconcelos Silva. Segundo ela, o plano consiste no desenvolvimento de metas e gratificações baseadas na escolaridade, função exercida e esforço de trabalho. “É algo que sonhamos há anos e que neste ano tivemos grandes avanços nessa caminhada, mesas de negociação com a Prefeitura, fechamos 2018 satisfeitos”, comenta.  

“Estive lá”

Fazendo uma síntese do que fez nesses últimos 23 anos de Sintrapp, Sônia relembra um episódio que a marcou. Em 1997, a sindicalista esteve presente no que ficou conhecida como “greve de Brasília” que consistiu, conforme recorda, na reivindicação do direito a cestas básicas. “Foram 30 dias de ações, dormimos na Prefeitura, mas valeu a pena, saímos de lá com a conquista”, rememora.

Nesse episódio e “em todos os outros”, José esteve presente para ver os caminhos que o sindicato estava tomando. “Não teve um momento de todos esses anos que não pautamos nossas ações com base na conquista de condições melhores de trabalho e salários dignos”, frisa.

Outra situação que Sônia se orgulha de já ter participado ocorreu em 2005. Na ocasião, o sindicato se  uniu em prol da conquista dos pagamentos de insalubridade. “Hoje somos reconhecidos pela nossa luta, é uma marca, e vamos lutar para mantê-la viva”, afirma.

Histórico

Conforme a Assessoria de Imprensa do Sintrapp, a história começou por meio da “Constituição Cidadã”, que reconheceu o direito dos servidores públicos à representação sindical. Dois meses após a promulgação desse documento o Sintrapp surge e se consolida, inicialmente em um prédio alugado e com reuniões semanais marcadas, conforme afirma José. “Naquela época não existia isso, foi algo muito importante para aqueles trabalhadores, ainda mais do que é hoje”, enfatiza o fundador.

Hoje o Sintrapp é filiado à CUT (Central Única dos Trabalhadores), à Fetam (Federação dos Trabalhadores Municipais do Estado de São Paulo) e à Confetam (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal).

Publicidade

Veja também