Mesmo sem decretar oficialmente situação de emergência, Presidente Venceslau, assim como tantas outras do Estado, enfrentam dificuldades para combater os números crescentes de dengue. A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Lydiana Prieto, afirma, por exemplo, que em 2019 já foram 235 casos confirmados até ontem, o que, aliado à suspensão da nebulização, traz um clima de alerta e emergencial à administração. “No ano passado, para se ter uma ideia, foram oito casos em doze meses. De qualquer forma, estamos desde janeiro com trabalhos de combate”, lembra.
Para a coordenadora, diversos são os motivos que podem ter contribuído para a quantidade expressiva de casos, como o fato de ainda serem encontrados criadouros do mosquito Aedes aegypti nas residências. “Além disso, temos novos sorotipos da doença em circulação em todo o Estado, e que faz com que as pessoas estejam vulneráveis à transmissão”. Já prevendo que a situação poderia se complicar neste ano, é que desde o início de 2019 a Prefeitura realizou os trabalhos de bloqueio, como os mutirões.
“Inicialmente foram 30 dias de ações, mas elas precisaram se estender e seguem até hoje, inclusive aos sábados. À época, recolhemos 192 caminhões de entulhos e continuamos as nebulizações nas regiões que apresentaram confirmações de casos ou que nos preocupam, como é o caso da área central”, comenta Lydiana. Hoje, mais do que nunca, a Prefeitura conta com o apoio de toda a cidade no combate, já que há algumas semanas houve desabastecimento do inseticida Malathion 44%, responsável pela nebulização, que não possui data prevista para abastecimento, segundo a Prefeitura.
“Isso prejudica, pois é o principal fator de combate ao mosquito adulto já. No entanto, continuamos com orientações para que a população pense em não deixar que o mosquito procrie, o que é possível de ser feito com as medidas de prevenção”, finaliza. Em Venceslau, os trabalhos de bloqueio não possuem data para encerrar.