Comissão pede interdição de cozinha de escola

Vereadores apuram supostas denúncias de falta de gêneros alimentícios e produtos de higiene na Escola Municipal Pioneiro Ettore Marangoni, em Montalvão

PRUDENTE - WEVERSON NASCIMENTO

Data 19/06/2019
Horário 08:01
Maycon Morano/AI da Câmara Municipal -
Maycon Morano/AI da Câmara Municipal -

Os membros da CE (Comissão Especial) da Câmara Municipal que apura supostas denúncias de falta de gêneros alimentícios e produtos de higiene nas unidades escolares da rede pública municipal de Presidente Prudente solicitaram que a Visa (Vigilância Sanitária) interdite a cozinha da Escola Municipal Pioneiro Ettore Marangoni, no distrito de Montalvão. A solicitação foi protocolada no final da tarde de segunda-feira, na sede do órgão, que fica localizado no mesmo prédio da Secretaria Municipal de Saúde. O documento foi endereçado para a coordenadora da Vigilância Sanitária do Município, Valéria Monteiro Vendramel.

De acordo com o documento expedido, os problemas encontrados na cozinha estão expondo os alunos e servidores da escola em risco pelos seguintes problemas verificados: “Piso com infiltrações, ocasionando desnível elevado e fissuras, grandes de modo que toda a água escoada pela limpeza diária adentre nas fissuras não se sabendo o estado em que se encontra abaixo do piso; falta de telas milimetradas no ambiente e no momento da visita havia muitos mosquitos; tábuas embaixo das pias servindo de armários para panelas e outros produtos”, aponta a Comissão Especial no ofício.

Por se tratar de problemas verificados que devem ser resolvidos como urgência, a CE solicita a interdição da cozinha da escola até que as reformas sejam realizadas, devendo o município encontrar alternativas para a manutenção das refeições dos alunos, de modo aproveitar as férias escolares de junho para a execução da mesma. Também foi solicitado que a Visa encaminhe para a CE cópias do histórico de visitas e fiscalizações realizadas pelo órgão nas cozinhas das escolas municipais para instrução do expediente. Além disso, requisitaram informações sobre a existência de alvará ou licença de funcionamento emitido pela Vigilância Sanitária para estes locais.

Posicionamento

A reportagem solicitou posicionamento da Seduc (Secretaria Municipal de Educação), no que diz respeito à interdição e obteve a seguinte resposta. “A Seduc não acredita que seja o caso de interdição, porque a cozinha está em adequação, estamos aguardando o período de férias para dar continuidade. A Seduc agora aguarda o relatório da Vigilância Sanitária para organizar uma possível adequação. Reafirmamos que nossas cozinhas têm recebido visitas do Tribunal de Contas do Estado e alguns apontamentos feitos pela Câmara Municipal não foram feitos pelo órgão estadual. Estamos adequando nossas cozinhas, seguindo recomendações feitas pelo próprio Conselho Municipal de Alimentação Escolar (por exemplo, a questão das telas nas janelas)”.

Segundo a coordenadora da Vigilância Sanitária do Município, Valéria Monteiro Vendramel, na tarde de ontem uma equipe da Visa se dirigiu até a escola para averiguar o solicitado. “A equipe já fiscalizou e verificou que a unidade mantém as boas práticas, com tudo bem organizado. Lógico, que tem algumas coisas pontuais que precisam ser corrigidas” diz. O relatório do órgão esta previsto para ser entregue hoje para a CE.  

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