As carnes vermelhas e processadas são elementos muito comuns na alimentação dos brasileiros, mas o consumo excessivo e o mau preparo delas podem aumentar o risco de câncer e doenças cardiovasculares. A nutricionista e professora da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), Sandra Cristina Genaro, especialista em nutrição oncológica pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer), esclarece que o consumo em excesso de carne vermelha pode aumentar o risco de câncer colorretal, além de doenças cardiovasculares.
A especialista ressalta que não é necessário abolir este tipo de alimentos do dia a dia, mas sim regrá-lo, consumindo 500 gramas por semana, e sempre alternando entre carnes vermelhas, aves e carnes suínas. Para balancear a alimentação e manter a saúde, a nutricionista sugere que se consuma cerca de 400 g por dia de frutas, verduras e legumes, pois esses alimentos provêm ao organismo antioxidantes benéficos à saúde.
O preparo dos alimentos também pode influenciar a saúde. A especialista indica que se deve evitar frituras e carnes assadas nas bandejas mais baixas dos fornos, e priorizar as carnes cozidas e assadas nas partes superiores do forno, para que, assim, substâncias nocivas não sejam liberadas do alimento durante seu preparo.
Alerta máximo
Se por um lado pode-se balancear o consumo de carne vermelha, por outro se deve evitar totalmente o consumo de carnes processadas. Sandra explica que carnes processadas são aquelas que passam por um processo de industrialização, como as salsichas, linguiças, salames, mortadelas, peito de peru, ou as carnes defumadas e semiprontas, e que o Inca e a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomendam que este tipo de alimentos não seja consumido.
SAIBA MAIS
O câncer colorretal se desenvolve no intestino grosso, e é o terceiro tipo de câncer que mais afeta os homens, atrás apenas do de próstata e pulmão.
