Crescimento em quantidade demanda atenção para qualidade

EDITORIAL -

Data 26/07/2018
Horário 04:00

O Brasil atingiu a marca de 208,4 milhões de habitantes em 2018, segundo estimativa divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com base no levantamento populacional do Censo de 2010. A população brasileira teve aumento de 0,38% em 2018, o equivalente a 800 mil pessoas em relação ao número de 2017, quando éramos 207,6 milhões de brasileiros. No mesmo estudo, o instituto estimou que a população do país crescerá pelos próximos 29 anos, até 2047, quando deverá atingir 233,2 milhões. Nos anos seguintes, estima o instituto, a população deverá cair gradualmente, até sejamos 228,3 milhões de brasileiros em 2060.

Mas mais do que quanto cresceremos, a pergunta que deve ser feita neste momento é como cresceremos? Que tipo de brasileiros seremos daqui 42 anos, em 2060, e que país teremos? Se, como em um efeito borboleta, o que fazemos aqui hoje reflete lá na frente, em nosso futuro, quais sementes estamos plantando agora para colher amanhã? Porventura seremos melhores quando formos 228,3 milhões? O crescimento em quantidade repercutirá em qualidade?

São questões importantes que devem ser levantadas e discutidas em diversos âmbitos. Nas esferas governamentais, com o intuito de se desenvolver políticas públicas que promovam um crescimento econômico e sustentável ao país, com a garantia dos direitos básicos, como saúde, educação, emprego, segurança, entre outros. Mas também nos campos organizacional, privado e familiar, que ainda é a base da sociedade e assim espera-se que seja em 2060.

E o trabalho começa agora. Em Presidente Prudente, por exemplo, foi entregue nesta semana ao prefeito Nelson Roberto Bugalho (PTB) um diagnóstico realizado pelos alunos da Toledo Prudente Centro Universitário, que trata das demandas sociais e de segurança pública do município. O estudo, conforme publicado por este diário, elenca quatro principais prioridades e propostas para as situações analisadas, como violência no trânsito, drogas e álcool, roubos, estupros e abandono familiar. Com base nele, não apenas o poder público, mas a própria sociedade civil organizada e as famílias podem se pautar para nos conduzir a um futuro melhor e, de fato, desenvolvido.

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