Criminosos aparentam não temer a inteligência das forças policiais

EDITORIAL -

Data 09/05/2019
Horário 05:00

Mesmo com o investimento aplicado para reforçar a segurança do sistema prisional, ainda há tentativas frustradas de pessoas que tentam burlar as regras das unidades para levar objetos e produtos ilícitos para dentro dos estabelecimentos estaduais. E isso tem ocorrido não apenas envolvendo os visitantes dos detentos, mas também as organizações que gastam valores provenientes do crime para a contratação de desconhecidos que possam agir no serviço externo. A “teimosia” destas pessoas faz com que as forças policiais estejam cada vez mais ágeis neste meio, o que resulta em diversos flagrantes, principalmente aos finais de semana, quando as portas dos presídios são abertas aos visitantes.

Semanalmente, este diário noticia diversas apreensões. Na edição publicada ontem, informamos que os agentes de segurança da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) detiveram quatro mulheres que tentaram entrar em penitenciárias da região com drogas e aparelhos celulares escondidos nos órgãos genitais. As tentativas resultaram em abertura de procedimento disciplinar para apurar a eventual cumplicidade dos presos que receberiam os materiais. Esse foi um flagrante costumeiro resultante da fiscalização intensificada por meio revistas pessoais e aparelho de scanner corporal. Não obstante, os “chefões” também resolveram inovar e têm utilizado equipamentos eletrônicos para que as entregas sejam feitas sem interferência policial.

E é aí que eles se enganam. O trabalho dos setores de inteligência da Administração Penitenciária e Polícia Civil conseguem captar informações, mesmo que estas cheguem por vias aéreas. A investigação ocorre de maneira sigilosa. Inclusive, em operação desenvolvida ontem os policiais detiveram 21 pessoas (nove delas detentos de presídios estaduais) acusadas por pertencerem a uma organização criminosa que transporta mensagens e objetos por meio de drones. Mesmo com a segurança reforçada nas imediações, os criminosos aparentemente não temem as forças policiais. Isso é preocupante, uma vez que ao longo dos últimos anos a segurança pública, pelo menos da região de Presidente Prudente, apresentou-se positiva. Ao que parece, os criminosos estão tentando intimidar o Estado a fim de recuperar a liderança que está sendo perdida devido ao combate.

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