A advogada Sílvia Duarte de Oliveira Couto, que faz a defesa do filho mais novo do casal assassinado na semana passada em Santo Expedito, e preso na quarta-feira suspeito de ser autor do crime, informou à reportagem de O Imparcial que “acredita 100% na inocência” do cliente, uma vez que, segundo ela, o homem de 39 anos teria sido “agredido para que confessasse o crime”. “Não há evidências que ligue ele ao caso, estou convicta de que ele é inocente e, por isso, o defendo neste caso”. Silvia atribuiu, ainda, as munições encontradas junto da arma, que supostamente estaria ligada ao crime, à Polícia Civil.
“Pouco antes da prisão, ele me ligou e o tranquilizei, justamente por não haver evidências e saber que ele era inocente”, afirma a advogada, que lembra ainda não haver, como veiculado em redes sociais, uma relação conflituosa entre os pais assassinados, o vereador e ex-prefeito Valfrido Cauneto, 76 anos, e sua esposa Maria Vanda Bernardelli Cauneto, 68 anos, com o filho mais novo.
Após cinco minutos da ligação entre advogada e cliente, a Polícia teria “arrombado” a porta da frente da casa do suspeito, que estava no banheiro, e acabou por se trancar dentro do cômodo, que também teve a porta “arrombada” pela corporação. “Não havia possibilidade de ele fugir de dentro daquele espaço, mas, mesmo assim, ele recebeu diversas ameaças e foi agredido, chegando até a urinar no chão durante o ato”, comenta a advogada.
O exame de corpo de delito teria confirmado agressões de natureza leve junto ao suspeito. Com isso e outros fatos em mãos, a defesa vai trabalhar em cima do pedido de revogação da prisão temporária, que o filho do casal cumpre em Presidente Venceslau. “Fora isso, vale destacar que, no momento da prisão, ele não foi acompanhado por um advogado, mesmo pedindo, isso foi negado e é um direito dele”.
CIVIL CONTESTA
VERSÃO DA DEFESA
Um dos delegados responsáveis pelo caso, Mateus Nagano, informou à reportagem na noite de ontem que as informações da advogada não procedem, e comentou que um boletim de ocorrência foi feito na data da prisão do suspeito, quarta-feira, quando foi explicada a necessidade de uso “de força moderada”. “O fato foi imediatamente comunicado ao juiz”.
Vale destacar que, conforme noticiado por este diário ontem, a delegada Ieda Filgueiras, também responsável pelo caso, havia informado que a prisão ocorreu depois de “inúmeras” evidências encontradas de que o suspeito tinha ligação com o caso.