Desinteresse de jovens em votar é negativo para mudança no país

EDITORIAL -

Data 03/08/2018
Horário 05:22

Se por um lado, mesmo sendo facultativo seu voto, os idosos fazem questão de irem às urnas para escolherem os representantes políticos que governarão o país entre 2019 e 2022, jovens de 16 e 17 anos, mostram pouco ou nenhum interesse em votar. Isso é preocupante, uma vez que eles são o futuro da nação. Ainda que não façam a diferença em resultados, podem sim lutar com vivacidade por mudanças no país, e neste ano seria bom se no próximo dia 7 de outubro, milhares de jovens brasileiros pudessem estar entre os eleitores e fazer boas escolhas.

Mas, os idosos, sim, fazem questão de estar em dia com a justiça, como demonstraram cumprindo o prazo do cadastramento biométrico. Estes são uma faixa importante do eleitorado e representam uma participação que pode gerar resultados diferentes.

Na edição de ontem, trouxemos um perfil do eleitorado mostrando o número de pessoas aptas a votar nas eleições gerais de 2018 que não concluíram nem o ensino fundamental e nem o médio. Juntas, somam 296.571 eleitores na 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo, que é a região de Presidente Prudente.

Vale repetir o posicionamento do sociólogo Wilson de Luces Fortes Machado, sobre o quanto é preocupante, porque a educação seria a base para que os eleitores tivessem condições de interpretar não apenas as propostas, mas os candidatos ao pleito.

“Esse é um problema enfrentado em todo o país e que agrava ainda mais o quadro político. Claro que há algumas exceções e que, mesmo sem o estudo, ainda conseguem ter uma visão política a partir das experiências vividas e pelo próprio ambiente cultural, mas essa percepção, com a educação, seria ainda mais apurada”, explicou o sociólogo salientando na sequência: “É importante que, em mãos destes dados, os próprios candidatos pensem e invistam na educação regional”.

Resta saber: “Existe preocupação com a Educação não somente regional, mas nacional”? Por esse motivo seria bom se os jovens, futuro do Brasil, tivessem mais interesse em escolher quem pode cuidar do seu país.

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