Emissão da primeira CNH retoma crescimento após queda em PP

Segundo o Detran, foram 3.460 documentos emitidos em 2017, que passaram para 3.576 no ano passado; setor vê números com bons olhos, mesmo com possível nova estagnada

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 02/05/2019
Horário 04:19
José Reis - Emissões da Carteira Nacional de Habilitação, somente neste ano, somaram 693 casos
José Reis - Emissões da Carteira Nacional de Habilitação, somente neste ano, somaram 693 casos

Diferente do que foi noticiado no segundo semestre do ano passado, segundo o Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito), as emissões de primeira CNH (Carteira Nacional de Habilitação) em Presidente Prudente voltaram a apresentar reação, já que entre 2017 e 2018 foram emitidos 3,35% documentos a mais. Somente no primeiro trimestre deste ano, 693 pessoas tiraram pela primeira vez o documento. “Mesmo não sendo tão significativa a reação, penso que o setor deve ver com bons olhos qualquer que seja a melhora”, informa o diretor social e regional do Sindicato das Autoescolas do Estado de São Paulo, Hélio Soares de Lima.

A variação se dá, já que segundo o Detran-SP, em 2017 foram 3.460 documentos emitidos, que passaram para 3.576 no ano passado, 116 a mais. Em nível de comparação, este diário noticiou em setembro de 2018, em um balanço, que em quatro anos as CNHs apresentaram queda, pois em 2014 o volume de habilitações para Presidente Prudente foi de 5.158, que recuou para 3.533 no ano passado, o que correspondia à queda de 31,5% no período. Na ocasião, o diretor regional do sindicato lembrou que o adolescente completava a idade, atendia aos requisitos, mas, muitas vezes, esbarrava em um entrave: a disponibilidade financeira.

“Acreditávamos que teríamos bons resultados neste ano, pois janeiro e fevereiro foram muito bons. No entanto, março entrou e já tivemos uma estagnada nos números novamente”, comenta ao adiantar sobre o desempenho do setor neste começo de ano. Já sobre o comparativo entre 2017 e 2018, Hélio afirma que possivelmente ele se deu por causa da retomada do poder econômico frente a crise financeira dos últimos anos, mas informa que para os próximos meses não há “muita expectativa”. “Tudo depende da política, como a reforma da Previdência, e a necessidade de os poderes falarem a mesma língua. Penso que ainda haverá cautela no que diz respeito aos investimentos”.

Ligeira melhora

Na Autoescola Prudentina, a proprietária Ângela Regina Arenales Magro Fernandes, no ano passado, afirmou que sentia uma piora de 30% na procura por CNH desde que a crise avançou pelo país. Desta vez, ela comentou à reportagem ter percebido, mesmo que “ligeira”, uma reação nas vendas. “Acredito que o poder econômico das pessoas está retornando e para nós isso é muito positivo. Entre 2017 e 2018, penso que o esforço se deu em relação à necessidade de que muitas vagas de emprego pediam o conhecimento em dirigir, então se torna uma necessidade diante da quantidade de desempregos”. Ela lembra que em alguns casos a procura, inclusive, se dá pela vontade de trabalhar com aplicativos de transporte, disponíveis na cidade.

 

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