Empatia com a sociedade possibilita experiências de enriquecimento pessoal

EDITORIAL -

Data 20/01/2019
Horário 05:30

O trabalho dos profissionais da Educação Física, à primeira vista, muitas vezes é tarjado de forma errônea como uma profissão que lida apenas com o bem-estar daqueles que estão empenhados em manter o corpo em forma e não ficar de fora do sempre prometido e muitas vezes não alcançado “projeto verão”. A edição de O Imparcial de ontem, no entanto, tentou – e conseguiu, para muitos – desmistificar essa imagem criada ao longo do tempo, ao mostrar o lado humano e tão necessário da profissão com a história do empresário e personal trainer Anderson Soares Davino, 35 anos.

Anderson foi capaz de trazer uma visão diferenciada em relação ao cuidado com as pessoas especiais, ao exemplificar a sua história e mostrar que desde os seus 15 anos, ainda adolescente, começou a dar aulas de basquete na Escola Municipal Doutor João Franco de Godoy, Navio, em Presidente Prudente. Sete anos foram suficientes para que ele auxiliasse o desenvolvimento motor de crianças especiais e o trabalho fosse estendido, futuramente e hoje em dia, para o atendimento de idosos, pessoas com síndrome de Down, e demais deficiências.

“[...] pude aprender a lidar melhor com a minha paciência. Além disso, conheci pessoas ao mesmo tempo em que tive que desenvolver a minha capacidade de lidar com as limitações que elas possuem”. É justamente sobre aprender a lidar com as limitações que não apenas os profissionais de Educação Física, mas toda a população, deveria se atentar, já que ser especial é apenas uma condição – não opcional – seja de forma física ou mental e que, justamente por isso, requer cuidados.

O próprio entrevistado afirma que “ninguém consegue chegar lá no topo sozinho”, e seriam os familiares os principais responsáveis por auxiliaram na independência para o desenvolvimento pessoal, físico e motor. Mas não apenas eles. “Eu acredito que há chances de mudança”. Assim, de fato, é! Em vez de receberem olhares de pena - ação que talvez já esteja bem menor em relação aos demais anos, as pessoas especiais poderiam, ou mais, deveriam receber um olhar de amor, fraternidade e empatia. Que a história veiculada ontem não seja apenas um aprendizado, mas um caminho a ser seguido e que objetiva tão somente a promoção do bem-estar.

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