Empresas de tecnologia sentem cenário de elevação

PRUDENTE - JANAÍNA TAVARES

Data 20/05/2018
Horário 09:06
Marcio Oliveira, Empresa de Prudente é especializada no segmento de som automotivo
Marcio Oliveira, Empresa de Prudente é especializada no segmento de som automotivo

Diante da alta histórica do dólar, a consequência é a produção com custo elevado para as empresas que investem em tecnologia, equipamentos em gerais, máquinas, entre outros, conforme a Ciesp/Fiesp (Centro e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) de Presidente Prudente. Para o diretor regional, Wadir Olivetti Júnior, os benefícios são poucos quando se fala em crescimento no valor do dólar.

Ele afirma que, geralmente, a maioria dos insumos das indústrias e empresas vem de outros países. “Há ainda o custo elevado de maquinários e commodities que também sofrem devido aos preços, por isso é tão complicado”, relata o diretor regional, ao comentar que o ganho das indústrias exportadoras terão daqui para frente será “expressivo”.

Agora, a situação reflete em indústrias que possuem os setores de importação e exportação que utilizam matéria-prima não apenas do Brasil, mas de outros países. Como é o caso da empresa Stetsom, que se encontra do distrito industrial de Presidente Prudente.

Especializada no segmento de som automotivo, produzindo essencialmente amplificadores, alarmes e acessórios, a empresa já sentiu as mudanças por causa do dólar desde o início do ano. “Ele já aumentou 15% em relação ao real e percebemos que tem influenciado em algumas questões aqui dentro”, salienta o gerente de exportação do local, Thiago Angeli Calza.

De acordo com ele, como a maioria da matéria-prima é importada e comprada com a moeda norte-americana, o que acontece é que repercute no custo do produto final. “Inevitavelmente, temos que reajustar os preços conforme a alta”, explana. Assim, o cliente vai ter uma mercadoria mais cara para comprar e, talvez, pode não ficar “totalmente” satisfeito com esse crescimento, segundo o gerente de exportação, ao comentar que metade dos insumos da empresa são da China e o restante do Brasil. “Por um lado, a importação fica mais cara e, por outro, os produtos da exportação ficam mais acessíveis”, observa.

Segundo informações da Agência Brasil, a última vez que o dólar superou o valor atual foi em 7 de abril de 2016, quando fechou em R$ 3.694. Ainda de acordo com o site, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou em 0,12%, a 85.130 pontos. Já a alta da moeda norte-americana ocorreu mesmo com ajustes na atuação do Banco Central no mercado de câmbio.

 

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