O presidente do Conselho de Pastores de Presidente Prudente, reverendo Paulo Amendola, é também pastor titular da Igreja Metodista Central de Prudente, a mais antiga igreja da cidade, com 96 anos completos, 30 anos mais velha que a Diocese católica. Para o pastor, “ser evangélico é tomar por base o ensino de Lutero [padre reformista], conduzir a vida a partir dos princípios bíblicos”.
Ele retoma, de forma breve, a história dos templos tradicionais de Prudente: “foram três famílias, atualmente pulverizadas na região de Prudente, que acolheram a igreja metodista na cidade, e até hoje descendentes frequentam a igreja”, destaca o reverendo. A primeira sede do templo evangélico, inclusive, foi na casa de uma das famílias.
O professor José Artur Gonçalves, 47 anos, é evangélico e frequenta a Metodista Central. Ele, vindo de família católica, converteu-se há aproximadamente 10 anos, devido ao acolhimento e à sólida fundamentação bíblica e doutrinária que a igreja proporcionou. “Minha convicção é de que a mensagem do evangelho precisa ser espalhada. O mundo precisa da mensagem de paz trazida por Cristo. Mas é preciso estar atento sobre qual mensagem tem sido pregada: o evangelho de Cristo ou dos interesses materiais? ”, salienta José Artur.
NOVOS MODOS DE
PROFESSAR A FÉ
O nome não é dos mais comuns: “Bola de Neve”, e o púlpito confirma que não se trata de uma igreja tradicional ou convencional, é uma prancha de surf. O pastor Rodrigo Albuquerque Basílio dos Santos explica que a prancha faz referência aos primeiros cultos da igreja, quando o fundador, adepto ao surf no litoral brasileiro, pregava e orava em uma mesa improvisada com duas cadeiras e uma prancha suspensa.
A Bola de Neve é uma igreja neopentecostal, segundo Rodrigo, e a proposta da igreja é “expressar o amor de Deus através de situações cotidianas e rotineiras, do estilo de vida da pessoa, seja por meio da música, esporte, cultura de rua e qualquer outra aptidão”.
Por isso, o pastor acredita que a igreja atinja um público que as tradicionais não conseguem atingir. Acima de qualquer denominação, Rodrigo crê na importância de se pregar o evangelho, independente de religião. “A religião cresce porque prega o relacionamento”, salienta.
A recepcionista de atendimento médico, Karoline Lima Kol, 25 anos, afirma que se surpreendeu ao conhecer a igreja. “Para mim foi um choque, justamente por eles fugirem dos padrões tradicionais, o pastor não sobe no púlpito para pregar de terno e gravata, eles podem subir de tênis para ministrar, até porque não existe na bíblia algo que imponha isso, Deus não pediu isso porque ele não olha a nossa roupa exterior, o que importa é o nosso coração”, pontua.
