O período que antecede o Natal naturalmente deixa as pessoas mais sensíveis, amáveis, humanas! Até mesmo aquelas mais difíceis de demonstrarem o que sentem acabam se entregando à magia desse tempo que significa puramente amor. E ontem, três jovens de pouco mais de 20 anos, o jornalista Estevão Salomão, o psicólogo Gabriel Abbade e a estudante Carla Yamashita promoveram uma ação no centro de Presidente Prudente, momentos de uma tradição valiosa, que há muito tempo foi perdendo sua importância: escrever uma carta para alguém importante!
O ato pode ser conferido na edição deste domingo, com detalhes pontuais dos autores que, para agilizarem, digitaram o conteúdo que as pessoas iam narrando, diferente do filme “Central do Brasil” em que a personagem Dora, vivida por Fernanda Montenegro, uma professora aposentada, escrevia as cartas à mão para as pessoas que lhe pedia.
Os jovens talvez não saibam a emoção que é receber uma carta, pois hoje eles vivem na era dos e-mails, mensagens via WhatsApp, entre outras formas de comunicação. Mas os mais velhos que viveram na época em que os carteiros eram ansiosamente esperados, pois aguardavam através deles notícias de familiares e amigos distantes, sabem bem quão valiosos era esse hábito!
Independente se à mão ou redigida, em uma carta é possível exprimir nossos mais profundos sentimentos. Como em um e-mail, mas exprimindo mais proximidade, uma carta consegue tocar o coração de quem a recebe de forma especial, podendo se dizer que seja até filosófica! De próprio punho, isso é muito maior!
Sempre há tempo de demonstrar que se importa com alguém. E no Natal, como ficamos mais sensíveis, conseguimos expor isso mais facilmente. Então, se sente dificuldade em pedir perdão por algo, ou de se declarar de alguma forma, escreva uma carta, um cartão postal e envie pelo correio. Não, não é antiquado, velho, ultrapassado, é lindo, emocionante!
Nós seres humanos, tomados por dias de intensos e múltiplos compromissos, temos esquecido de dizer o quanto o outro é importante pra gente. O quanto sentimos saudades daquele amigo ou parente que está distante. Esqueça um pouquinho a tecnologia, pegue uma folha de caderno, uma caneta e escreva uma carta...
