Festas juninas trazem otimismo para supermercados de PP

Embora pratos típicos não sejam exclusivos desta época do ano, lojistas de Prudente projetam aumento de até 40% nas vendas; Apas, por sua vez, estimam alta de 10% a 15%

PRUDENTE - André Esteves

Data 09/06/2017
Horário 12:14
José Reis, Barracas temáticas são estratégia comercial em supermercados para vender produtos
José Reis, Barracas temáticas são estratégia comercial em supermercados para vender produtos

Com a chegada do mês de junho, os supermercados prudentinos tradicionalmente montam as barracas de festas juninas, visando tornar seus espaços mais atraentes aos consumidores e, consequentemente, aumentar o número de vendas durante o período, que representa um momento importante para o setor supermercadista. De acordo com lojistas do segmento em Presidente Prudente, a expectativa é que a comercialização dos produtos típicos tenha um crescimento de até 40% em relação às semanas normais. A Apas (Associação Paulista de Supermercados), por sua vez, projeta um aumento de 10% a 15% na procura, que não se direciona apenas aos pratos tradicionais, como também carnes, queijos e bebidas em geral.

Responsável pelo setor de compras de uma das lojas do Nagai, Jair de Souza afirma que, por conta da diminuição das temperaturas, a venda de bebidas quentes ganha força entre os meses de junho e julho. Nesse sentido, entre os produtos mais buscados, estão o vinho, o conhaque e a aguardente, que é um dos principais ingredientes da receita do quentão. Com o objetivo de aquecer a vendagem, Jair aponta que o estabelecimento busca negociar o melhor preço junto às distribuidoras, bem como taxar valores especiais. Em relação ao aumento nos dígitos, a Apas expõe que é normal haver variações entre um ano e outro e em cada item, sendo que nos últimos 12 meses, o preço do vinho cresceu 17,56%; o refrigerante, 10,80%; e o milho, 11,37%. Já em termos de queda, o valor da cerveja reduziu 2,39% e das frutas, 11,29%.

No Supermercado Estrela do Jardim Bongiovani, o gerente Iremar Cordeiro Manso defende que os preços estão “estáveis” e que, entre os produtos mais buscados, destacam-se o milho para pipoca, o amendoim, a canjica e a paçoca. “Normalmente, as pessoas que mais compram são aquelas que vão participar de algum terço ou festa de bairro e precisam levar uma prenda”, relata. O gerente do Supermercado Avenida, Joelson Tonieti, por sua vez, salienta que as festas de escola contribuem para a elevação do consumo. Desta forma, o estoque da loja é ampliado em comparação aos meses normais, justamente com o propósito de vender mais. Além do famoso milho para pipoca, o gengibre e o pé-de-moleque também são itens populares no empreendimento.

 

Entre os consumidores

A assistente administrativa Adriana Fogaça, 41 anos, conta que não aumenta o consumo dos referidos produtos durante o mês de junho, uma vez que tais itens são facilmente encontrados nas prateleiras ao longo de todo o ano. “É claro que a gente acaba parando para comprar pipoca ou paçoca, mas eles já fazem parte do nosso dia a dia”, comenta. Já a aposentada Maria Emília Noé Aguiar, 57 anos, costuma comprar alguns doces a fim de que as netas levem para as festividades na escola. “Só que esse ano eu ainda não comprei e nem fiz a pesquisa de preços para saber se estão mais caros”, relata. A dona de casa Conceição Batistão, 70 anos, ainda não fez a aquisição, mas não descarta incluir o milho para pipoca, o amendoim e o pé-de-moleque no carrinho. A empresária Mercedes Magalhães, por sua vez, diz que dificilmente leva algum prato para casa. “Agora, se alguém faz uma festa, a gente acaba comprando alguma coisa”, pontua.

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