Gravidez divide mães entre filhos e o trabalho

Para as mulheres, período da gestação e após o parto são momentos em que elas precisam se decidir pelo ofício ou uma dedicação completa ao bebê

PRUDENTE - WEVERSON NASCIMENTO

Data 09/07/2019
Horário 07:41
Arquivo pessoal - Maria Vitória diz que suportou todas as fases da gravidez
Arquivo pessoal - Maria Vitória diz que suportou todas as fases da gravidez

A maternidade é um período de decisão para muitas mulheres, pois é um momento em que precisam decidir pelo trabalho ou uma dedicação completa ao bebê. Para tanto, há dois tipos de mães - aquelas que após o nascimento da criança decidem dar um tempo nas suas rotinas de trabalho, esticando o período de licença-maternidade até a criança completar certa idade, para voltar ao mercado, e também aquelas que não querem ou não podem parar de trabalhar.

A alegria por uma nova vida costuma vir acompanhada de uma rotina dupla, tripla e até quádrupla. Mas a dificuldade não termina com o nascimento do bebê. Pelo contrário, é neste momento que tem início uma nova fase para elas, as quais passam das condições de trabalho para a de mãe. A cabeleireira Maria Victória de Paula, de 20 anos, ainda estava em atividade com oito meses de gestação, em junho, e considera que conciliar o trabalho com maternidade não é uma tarefa fácil. “A gestação toma muito a disposição da mulher, não pode ficar mais que três horas sem se alimentar, não pode ficar muito em pé e, no final, estar sentada também incomoda, além de surgir mais falta de ar conforme o crescimento do bebê”, declara.

Ela relata que se tornou uma grávida muito forte, suportou todas as fases e nunca entregou nenhum atestado. “Nesse estágio o que mais me incomodou foi o meu estado emocional, algo comum em toda grávida. Eu fico muito ansiosa, pois a questão do parto dá certa insegurança, mas ao mesmo tempo vem uma explosão de amor pelo meu bebê”, afirma.

Continuar trabalhando foi uma decisão de Maria Vitória com o marido, segundo ela, a necessidade foi pelo atendimento dos clientes semanalmente e também por questões financeiras. Após o nascimento do filho Benjamin, prevista a partir do dia 15 de julho, a jovem pretende tirar a licença-maternidade e, depois deste período, retornar ao trabalho somente um dia na semana de maior movimento, o sábado. “Irei ao período da tarde para atender umas clientes fixas, mas continuar durante a semana com meu bebê - atender e voltar pra casa”.

Dedicação total

A maternidade se torna, então, um período de transformação para a mulher. A designer de laços Lucimara Neves, de 34 anos, diz que sempre trabalhou em departamento financeiro e, antes mesmo de engravidar, diz que conversava com o marido como seria após o nascimento de um filho. Ou seja, como iriam administrar a nova vida, se deixariam o bebê em uma escola, com uma baba. Mas a opção de ficar com a criança sempre esteve presente nos sonhos e nos planos da atual mãe.

Quando saiu de licença-maternidade da filha Ana Luíza, Lucimara já tinha definido que não voltaria ao mercado de trabalho, visto que se dedicaria a maternidade após o nascimento. “Claro que tem muitas mães que não tem condições de deixar o trabalho para cuidar dos seus filhos, pois toda escolha tem suas renúncias, como tudo na vida, mas eu tenho certeza que essa foi a melhor escolha que eu fiz na vida, me dedicar a minha filha, minha casa e, consequentemente, a maternidade em tempo integral. Eu pude participar de todos os momentos dela”, diz.

Após dois anos e seis meses do nascimento da filha, Lucimara voltou atuar profissionalmente em home office no período em que Ana Luíza se encontra na escola. Quanto aos planos de atuar no mercado atual, a mãe diz que não pretende voltar de forma integral, pois deseja acompanhar a criança no seu desenvolvimento escolar. Atualmente, ela empreende no próprio negócio e atua como designer de laços no ateliê Laçarotes di Luíza.

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