Um grupo de alunos e professores da FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista) de Presidente Prudente lideraram, ontem, uma paralisação no campus da instituição de ensino. Cartazes ironizando as condições do prédio foram colados pelo local, como forma de protesto para pedir melhorias. Conforme informações da diretoria da unidade, a ação foi iniciada durante a manhã, mas cessou no período noturno.
Mas enquanto a paralisação ocorreu, o diretor da unidade, Rogério Eduardo Garcia, informa que alguns serviços internos foram atingidos, bem como aulas referentes aos cursos de graduação. “Atividades pertinentes à comunidade foram efetuadas normalmente, bem como as aulas do cursinho Ideal”, completa. Ainda de acordo com ele, como são previstos 200 dias de ano letivo, haverá reposição ao longo do ano. Ele ainda cita que é a segunda paralisação que a instituição passa somente este mês.
As motivações que originaram a atividade foram por dois segmentos, conforme Rogério. No caso dos professores, ele explica que os funcionários “pararam pelo movimento do sindicato, em vista de uma reunião realizada ontem na capital paulista com o conselho de reitores, por conta do dissídio”. Já por parte dos estudantes, uma carta foi entregue à diretoria, no qual melhorias pertinentes à infraestrutura e operação dos serviços do campus foram solicitadas, como disponibilização de mais refeições no RU (Restaurante Universitário), mais celeridade na seleção de alunos carentes e manutenção do estabelecimento.
Para o diretor, algumas das situações apontadas pelos alunos são “vagas”, uma vez que recentemente gastos foram efetuados com a infraestrutura do prédio como um todo, além da reposição de materiais, que deve ser feita anualmente.
Histórico
Como noticiado por este diário, outra mobilização foi feita recentemente na FCT/Unesp. No início do mês, estudantes fizeram uma paralisação em protesto contra possíveis cortes e atrasos no repasse dos auxílios de permanência estudantil. Uma barricada até chegou a ser formada em frente aos portões da universidade para controlar o acesso ao campus. A entrada dos funcionários foi liberada, desde que fizessem o caminho a pé. De acordo com a organização, na época, cerca de 200 discentes participaram do ato, sendo que a maioria é dependente das bolsas.
