IBC: Passado, presente e futuro

Em evento realizado no Instituto Brasileiro do Café, o prefeito de Prudente assinou o decreto que torna o prédio histórico um patrimônio arquitetônico, histórico e cultural do munícipio

VARIEDADES - MARCO VINICIUS ROPELLI

Data 24/10/2019
Horário 05:20
Paulo Miguel: O futuro do IBC está assegurado para as gerações futuras, com o documento de tombamento devidamente assinado
Paulo Miguel: O futuro do IBC está assegurado para as gerações futuras, com o documento de tombamento devidamente assinado

Na manhã de ontem, a história e a cultura outra vez demonstraram a força que possuem de manter memórias e prédios de pé. O agora intocável IBC (Instituto Brasileiro do Café) entrou por meio de um decreto assinado pelo prefeito Nelson Roberto Bugalho (PTB), para o grupo de imóveis tombados em Presidente Prudente.

O IBC, a partir de então, se torna oficialmente um patrimônio arquitetônico e cultural do município, não podendo qualquer administração realizar mudanças que o descaracterizem sem que haja consentimento da Justiça. “Temos maior cuidado de preservar os elementos da cidade, mas não sabemos se no futuro haverá alguma administração que não tenha o mesmo zelo, a partir de agora não existe mais esse risco”, enfatiza o prefeito.

O tombamento, explica o chefe do Executivo, parte da análise e constatação da necessidade de fazê-lo realizado pelo Comudephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico de Presidente Prudente), representado no evento de assinatura do decreto pelo presidente Josué Pantaleão da Silva, 52 anos. Ele afirma que a partir do tombamento, o IBC passa a ser uma relíquia que a cidade adquire, por consequência está assegurada a história e arquitetura do local. “Se a memória da cultura apagar, o que será do futuro?”, questiona Josué. Bugalho lembra que tombar o IBC é um anseio antigo, tendo em vista que o espaço integra o patrimônio histórico e arquitetônico do município e sua manutenção dá oportunidade de no futuro ser apreciado por novas gerações.

O Instituto Brasileiro do Café se une a outros patrimônios do munícipio: Museu e Arquivo Histórico Municipal “Antônio Sandoval Netto”, Estação Ferroviária, cedida em comodato ao Procon, Centro Cultural Matarazzo e a torre da antiga Sanbra (Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro). O prefeito enfatiza que não depende de sua vontade, mas elenca possíveis patrimônios “do futuro” como o prédio da Etec Professor Adolpho Arruda Melo e o prédio do antigo fórum (requisições de conservação tramitam na procuradoria), além de prédios do calçadão, canteiros da Avenida Washington Luiz e Coronel José Soares Marcondes.

“SE A MEMÓRIA DA CULTURA APAGAR, O QUE SERÁ DO FUTURO?”
Josué Pantaleão da Silva

 

 

 

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