Idosos prudentinos mantêm hábito de ir às urnas

Eleições - ANDRÉ ESTEVES

Data 30/10/2018
Horário 04:52
Marcio Oliveira - Seções especiais de votação contaram com rampas de acesso
Marcio Oliveira - Seções especiais de votação contaram com rampas de acesso

A Constituição Federal prevê o voto facultativo para analfabetos, maiores de 16 anos e menores de 18 anos e cidadãos acima de 70 anos. No entanto, a dispensa da prática não afasta alguns idosos das urnas eletrônicas. No domingo, eles voltaram mais uma vez aos locais de votação para ajudar a definir os futuros representantes de seu Estado e país. É o caso da dona de casa Ana Rosa Moreira, 76 anos, e Teodolindo Moreira, 76 anos, que mantêm o hábito juntos. Eles fizeram questão de votar por entenderem que este foi o momento de lutar pela melhoria do Brasil. “Até porque nós também seremos representados pelos futuros governador e presidente”, afirmam.

O aposentado Jorge Roque Ferreira, 72 anos, é um dos eleitores mais velhos que cultivam o gesto por prazer. “Eu gosto de votar. É um direito que ainda tenho e pretendo conservar”, denota. O aposentado Luiz de Brito, 72 anos, compreende que a sua presença não é mais obrigatória, contudo, não vê motivos para se ausentar. “É interessante votarmos, pois contribuímos com aquele candidato que queremos que ganhe. Continuo fazendo parte do meio social e, por isso, meu desejo é que o Brasil melhore cada vez mais. A minha idade não me torna menos cidadão”, expõe.

Já o aposentado Natalino Marques Santana, 75 anos, aponta que, enquanto viver, participará do processo eleitoral. “Na minha idade, eu já não precisaria mais estar aqui, mas quero ajudar o país e votar corretamente e com personalidade”, pontua.

Acessibilidade

Nos locais de votação, a acessibilidade também foi garantida. Cada uma das 30 unidades eleitorais da 101ª ZE (Zona Eleitoral) e das 29 de responsabilidade da 402ª ZE dispôs das chamadas seções especiais, que tratam-se de espaços com rampas e sem escadas. Para receber pessoas com deficiência visual, as urnas eletrônicas também apresentavam teclas em braile. O aposentado Rosalvo Pereira dos Santos, 61 anos, estava amparado por muletas e, por isso, precisou utilizar a seção especial da Escola Estadual Monsenhor Sarrion. A fachada da unidade conta com uma rampa, mas, ainda assim, ele insistiu em descer pelos degraus. “Devagarzinho, a gente chega”, aponta.

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