Lixo acumulado gera reclamações de munícipes

Moradores se queixam da dificuldade de transitar pelo local a pé ou de carro; Prefeitura diz que limpeza já está programada

PRUDENTE - BEATRIZ DUARTE

Data 20/02/2018
Horário 14:16
José Reis, Pneus e lixos domésticos são alguns dos itens encontrados
José Reis, Pneus e lixos domésticos são alguns dos itens encontrados

Motoristas e transeuntes que passam pela via Domingos Ferreira de Medeiros - uma estrada de terra localizada no final do Residencial Nosaki, que fornece acesso para outros bairros, como Florenza e Girassóis, em Presidente Prudente - reclamam da situação do lixo empilhado e acumulado na beira da pista, que dificulta o trânsito pelo espaço. Em nota enviada pela Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), a Secretaria Municipal de Meio Ambiente informa que a área se encontra na programação de agendamento e a limpeza do local será executada o mais breve possível.

Em apuração in loco, O Imparcial constatou a presença de galhos secos, sacos de terra, pedaços de madeira, troncos de árvores, sacolas plásticos, sofá e televisor velhos, restos de lixos domésticos e pneus com água parada. O entulho encontra-se acumulado nos barrancos de terra da via. Um dos moradores do bairro, Durvalino Antonilo Miolla, porteiro, 62 anos, reside no local há 12 anos e conta que o problema é frequente e já dura há alguns anos. “Por ser um lugar residente de várias chácaras, o pessoal acha que não tem problema transformar o local em um lixão”. Segundo ele, os motoristas têm receio de passar pelo espaço, devido ao grande número de buracos que podem afetar os motores.

No local, não existe nenhuma placa ou certame que informe ao cidadão que é proibido jogar lixo no espaço. De acordo com Durvalino, a Prefeitura já chegou a passar o maquinário no local, mas a ação não é suficiente para resolver o problema. “Foi prometido o asfaltamento desse trajeto, mas ficou só na promessa. Fico indignado com a situação, pois lá não é uma área para depositar entulho. O mesmo deveria ter um local específico para ser destinado”.

O encanador Cícero Martins, 50anos, relata que precisa passar pelo trecho diversas vezes, e a situação é frequente. Para ele, a descarga é feita por caçambeiros e até carros particulares, e que chegam a depositar animais mortos, causando insuportável odor. Ele ressalta que em dias de chuva, a situação piora porque o lixo se junta com a lama. “É comum a Prefeitura vir até o local e jogar o lixo para o lado e não fazer a retirada”. Para o motorista, a solução seria o asfaltamento da via, pois acredita que é a única maneira das pessoas pararem de depositar lixo.

Já para o supervisor de obras, Cícero Chaves Soares, 66 anos, uma medida efetiva é a presença constante de fiscalização, junto com a aplicação de multas. “Se não for deste jeito, as pessoas não vão parar de depositar lixo aqui, mesmo depois da massa asfáltica. Várias vezes presenciei pessoas descartando coisas aqui, até portando motos e minha maior preocupação é em relação à saúde, por conta desses itens”.

Morador do bairro Florenza, o porteiro Milton Leite de Moura, 49 anos, percorre todos os dias o trajeto para ter acesso ao bairro Nosaki, e comenta que sempre encontra entulhos novos pelo caminho, desde sofás até eletrônicos como televisão e impressoras. “É um absurdo essa situação, tanto da parte da Prefeitura que não cuida, como dos próprios moradores que realizam esse descarte incorreto”. Ele acredita que o lixo é jogado na parte da tarde, onde o movimento é menor.

 

É um absurdo essa situação, tanto da parte da Prefeitura que não cuida, como dos próprios moradores que realizam esse descarte incorreto

Cícero Martins,

Encanador

 

Responsabilidade social

Em nota enviada através da Secom, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente pede a colaboração da  população e moradores de bairros adjacentes, para ajudar a prevenir estas ações,  denunciando quando presenciar alguém jogando lixo, pois é crime ambiental, sujeito à multa, podendo o infrator, no caso, responder em processo judicial. Outra orientação é para que a população ligue para o número  156 – Prefeitura, para denúncias. Também é possível ligar para a  Polícia Ambiental, pelo telefone 18 - 3906-9200 ou Semea 3906-2460.

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