Tem um ditado que diz “um é pouco, dois é bom e três é demais”. Mas e quando o número chega a 10, o que isso significa? Bom, para a “supermãe” de 10 filhos, Aparecida Graci Pereira da Silva, 51 anos, de Presidente Prudente, nada mais é do que uma missão dada por Deus e que representa a tarefa de amar, ser amada, conviver com as diferenças e enfrentar os desafios ao dar educação a cada um deles. Nove dos filhos, inclusive, ainda moram com ela. Por isso, e para celebrar o Dia das Mães, a reportagem bateu um papo com Aparecida, que falou sobre as surpresas, desafios, lados positivos e como é tem um número de filhos que, para muitos, é visto com surpresa.
Toda essa história teve início quando, aos 27 anos, Aparecida se casou e já viu que, por causa da idade, estava pronta e determinada a constituir uma família. Segundo ela, ser mãe foi sempre um sonho e que se concretizou pouco tempo depois do matrimônio, quando nasceu o primeiro filho que hoje tem 23 anos. “Como eu queria muito, o primeiro não foi uma surpresa, mas logo vi que ao longo dos anos o intervalo entre os filhos começou a ficar menor e quando me dei conta já tinha 10 crianças”.
O que para ela é visto como um presente de Deus, se transformou em seis homens e quatro mulheres, de forma que o mais novo tem nove anos. “O modo de educar foi o mesmo para todos eles, mas com o passar do tempo sei que modificou um pouco essa relação, principalmente por causa da minha experiência com cada um deles e novas formas de pensar”. Sobre dificuldades, ela ressalta que vale mencionar apenas a financeira, já que não viu “grandes problemas” ao longo dos anos, o que a faria repetir cada ação.Questionada sobre como foi conviver com 10 filhos, com intervalos de tempo curtos, Aparecida esclarece que cada um possui uma personalidade diferente e lembra – com um sorriso no rosto e em tom de brincadeira – que frequentemente eles brincam que precisam de mais de atenção, o que para ela é levado na esportiva. “Eu tento equilibrar e mostrar que coração de mãe é grande e sempre cabe mais um. Esse equilíbrio faz toda a diferença. Não tenho mais como ter filhos, mas se pudesse, quem sabe eu não teria mais um”. Hoje, ela afirma que possivelmente passará ao lado de todos eles e diz que este momento “único” é importante para valorizar a figura que tanto dá amor.