Maioria das mortes no Estado é de idosos com mais de 60 anos

Contexto Paulista

COLUNA - Contexto Paulista

Data 15/01/2020
Horário 05:12

Quase três quartos das mortes no Estado de São Paulo são de pessoas com mais de 60 anos de idade, segundo levantamento da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) divulgado na semana passada. Em 2018, 297,8 mil residentes morreram no Estado. Desses, 72% eram de pessoas com mais de 60 anos e 20% de idosos acima dos 85 anos. A entidade chama atenção para o envelhecimento populacional que vem se acentuando devido a uma mudança nos padrões nas últimas décadas. A tendência veio para ficar. “A análise das transformações nas tendências e padrões da mortalidade paulista fornece informações relevantes para a definição e a adequação de políticas públicas em áreas como saúde, segurança e assistência social”, diz a fundação.

Aumenta a idade média
A população paulista com 50 anos e mais cresceu 85% em 18 anos, ao passo que a de menos de 50 anos aumentou somente 5%, compara o estudo. Em 2000, morreram 162,1 mil pessoas com mais de 50 anos, enquanto, em 2018, foram 250,3 mil. Em 2018, foram 47,5 mil mortes de pessoas com menos de 50 anos. Dezoito anos antes, o número nessa faixa etária era de 75,5 mil. Em 2018, a idade média da população era de 35,7 anos; em 2000, era de 30,2 anos e, em 1980, de 26,1 anos. Combinam-se nessa mudança de perfil, a queda nas taxas de mortalidade e natalidade. A população paulista cresceu 4,8 vezes entre 1950 e 2018, enquanto o número de mortes aumentou a uma taxa de 2,7 vezes no período.

Um país chamado São Paulo
Somos 44,3 milhões de habitantes em uma área de 248,2 mil quilômetros quadrados. O Estado de São Paulo tem uma população maior que a da Austrália e do Canadá, num território equivalente ao do Reino Unido. Equivale a um quinto da população brasileira. O “país” Estado de São Paulo abriga o maior mercado consumidor do Brasil e os seus moradores têm uma renda 50% superior à média nacional. O PIB (Produto Interno Bruto) paulista, de R$ 2,06 trilhões (2017), corresponde a um terço do PIB brasileiro e propicia R$ 45,8 mil de renda per capita, que é maior que a dos demais estados e é superada apenas pela do Distrito Federal. Se fosse um país, a economia paulista seria hoje a 21ª do mundo, à frente, por exemplo, da Argentina (22º lugar) e logo atrás da Arábia Saudita e Suíça (19º e 20º lugares, respectivamente).

Expectativa de vida em alta
A vida média da população paulista aumentou mais de 9 anos nas últimas quatro décadas. A expectativa saltou de 63,3 anos para os homens e 70 para as mulheres, em 1980, para 73,1 e 79,3, respectivamente, em 2017.

Projeção demográfica
Atualmente, a faixa da população de 0 a 14 anos de idade corresponde a 19% dos residentes no Estado. Com a tendência de envelhecimento da população e a queda na taxa de natalidade, esse percentual vai diminuir, devendo chegar a 14% em 2050, ano em que 77% da população do Estado de São Paulo estará concentrada em 85 municípios com mais de 100 mil habitantes, de acordo com a Fundação Seade. A faixa com 65 anos de idade ou mais deverá dobrar sua participação no total de residentes do Estado nas próximas três décadas. O Estado de São Paulo chegará aos 47,2 milhões de moradores, crescendo em relação aos 44 milhões de 2018. A idade média da população passará para 44,1 anos e o número médio de mortes alcançará o patamar de 512,8 mil por ano.

Causas de morte
No triênio de 2016 a 2018, as quatro principais causas de morte da população do Estado foram doenças do aparelho circulatório (29%), neoplasias – tumores (18%), doenças do aparelho respiratório (14%) e causas externas (7%). A principal mudança em relação aos três anos de 1999 a 2001 é a redução das mortes por causas externas, especialmente acidentes de trânsito e homicídios. Naquele período, as causas externas eram responsáveis por 14% dos óbitos, as doenças do aparelho circulatório por 31%, as neoplasias por 15% e as doenças do aparelho respiratório por 11%.

Agronegócio
As exportações do setor do agronegócio somaram US$ 96,8 bilhões no ano passado, segundo destaca o site Portos & Navios. O valor representa 43,2% do total exportado pelo Brasil, segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Os dados mostram leve crescimento do setor nas exportações totais do país. Em 2018, essa participação havia sido de 42,3%. O destaque foi o comércio de milho, carnes e algodão. O milho registrou volume recorde de exportação, com 43,25 milhões de toneladas. A China se tornou o principal cliente da carne bovina brasileira. O país asiático é responsável por 26,8% do volume total exportado, ultrapassando Hong Kong, que ficou na segundo posição, com 18,6%.

Observatório
Pesquisa da CNM (Confederação Nacional de Municípios), divulgada na segunda-feira, aponta que 97,31% de 1.599 cidades brasileiras enfrentam problemas com consumo de drogas. A circulação de crack especificamente foi apontada por 73,8% dos municípios que participaram do estudo.

 

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