Manter princípios de economicidade é essencial para o futuro dos entes

EDITORIAL -

Data 14/12/2018
Horário 04:05

Um bom exemplo de gestão foi concedido hoje: com uma economia de R$ 4 milhões, a Câmara de Presidente Prudente registrou uma queda de 19,37% em seus gastos neste ano, mesmo com um orçamento menor do que o de 2017. As práticas de redução nas despesas, adotada desde o início da recessão econômica que afetou não só a cidade - mas todo o país - são excelentes “exemplos” para a nova mesa diretora que assume a partir do ano que vem.

É importante que esse princípio de onerar o erário público no mínimo possível seja adotado não só pelos legisladores, mas também pelo Executivo, e permaneça mesmo quando o período de “vacas magras” passar. Algo que a recessão evidenciou no panorama macroeconômico é que no Brasil quando muito se arrecadou e lucrou, muito investimento público foi realizado e pouco se pensou no longo prazo.

É evidente que existem programas de investimentos ou transferência de renda do Governo que impulsionam a economia, geram empregos e valorizam o salário mínimo favorecendo o cenário financeiro para todos. No entanto, todo esse sistema falha (e de forma cíclica, devemos admitir) porque ele se baseia em um pilar perigosíssimo para o planeta e para a vida das pessoas: o do consumismo.

É necessário repensar esse modelo econômico exclusivamente relacionado à aquisição de produtos que não precisamos por preços exorbitantes e com durabilidade mínima para que logo sejam repostos, seja pela obsolescência programada ou simplesmente pelos impulsos consumistas que levam ao desejo da “nova versão” de um celular mesmo quando a anterior ainda se encontra em perfeito estado.

É preciso encarar a realidade de que esse modelo não se sustenta mais. Tanto no que diz respeito aos recursos não-renováveis se esvaindo, à poluição extrema, ao problema indissolúvel de como destinar corretamente todo o lixo que é produzido, do aquecimento da temperatura do planeta, dos desastres naturais e da extrema desigualdade social. Não podemos mais fechar os olhos para todos os gargalos gerados por esse consumismo irracional que sequer tentamos compreender, quiçá resolver. Já estamos atrasados na corrida contra o tempo para preservar o planeta, portanto chegou o momento de economizar recursos (seja financeiros ou naturais) e pensar em uma sociedade saudável, que não tenha sua identidade e felicidade projetada em bens materiais.

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