Metas, o que as escolas podem nos ensinar?

OPINIÃO - Marcos Alves Borba

Data 06/02/2019
Horário 05:02

Início de ano e o retorno de milhares e milhares de alunos as escolas, instituições, faculdades e universidades. Grande parte desse retorno é a continuidade dos conteúdos que ainda estão por vir ou simplesmente cumprir os diálogos que, por ventura, os telejornais nos impulsionam a reviver diariamente. Se assim for, estamos diante de um monte de informações que nos cabe seguir ou ignorá-los, pois cada cabeça é uma sentença.

Ao seguir um estímulo dessa educação continuada, ficamos diante de situações que precisamos de uma maneira muito salutar, entender o que verdadeiramente estamos buscando de melhor para as nossas vidas. Um caminho desafiador, turbulento, que para alguns é nada mais que uma rotina, o quanto que para a maioria precisa se achar uma solução de imediata nitidez. Nada fácil, mas também nada tão obscuro. E, por assim ser, estamos diante de um mundo de grandes talentos que se imergem numa ansiedade que ainda precisam mais. Finalmente, estamos num século em que, quanto mais informações tivermos, mais espertos e próximos ao futuro estaremos. E assim, cada vez mais as pessoas estão ficando com menos paciência, intolerantes, enfermas, ansiosas e ousadas por querer que o amanhã se torne referência imediata de suas ações. Afinal de contas, queremos chegar onde?

Em alguns momentos, e isso acontece desde quando que entendemos que o fator tempo, sendo ele passado, presente e futuro, pode nos emburrecer a cada instante, por não aceitarmos essa continuidade de fatores naturais? E estamos a todo momento querendo não só entender as mudanças, mas como aceita-las, para melhor termos uma vida de caminhos menos tortuosos e intolerantes. 

Dias atrás vi numa rede social uma frase do ministro da Economia Paulo Guedes, que dizia o seguinte: “Prefiro não ser um país do carnaval e nem do futebol, mas sim da carne e da soja”. Vejamos que independente da intenção, o que nos faz levar a reflexão e principalmente de momentos delicados que estamos vivendo, isso na verdade nos faz repensar o quanto há necessidade urgente de se tomar providências do que realmente nos importa e nos comete dar o verdadeiro valor as coisas.

O que verdadeiramente podemos esperar dessa nova geração de empreendedores, de gestores, de instituições e agremiações que nos levam a impulsionar o quanto ainda não aprendemos? E assim surgem novas ideias de assuntos que deveriam se ensinar nas escolas, se assim entendermos que ainda há tempo, como por exemplo: a inteligência emocional, onde ter paciência quando você não tem nada e a humildade quando você tem tudo. Educação financeira, onde o único investimento com retornos instintos é a educação financeira. A inteligência social, que é tentar entender antes de ser entediado. E para concluir, a liderança e oratória é quando as suas ações inspiram outros a sonhar mais, aprender mais, e a fazer mais e melhor.

Estamos num momento muito delicado de nossas vidas, e que as escolas serão cobradas por ações de resultados que dignifique e fortaleça nossas crianças e jovens, para um futuro que forme verdadeiros cidadãos para a vida. E cabe aos pais, principalmente, não só entenderem essas mutações, mas fazer parte desse processo contínuo. Mas pelo visto ainda estamos muito ocupados em expor milhões de dados sobre átomos que jamais serão vistos e espaços que jamais serão pisados. Isso já foi do meu tempo de criança na escola e que nada resultou do que fiz e tenho, e caso fosse possível recomeçaria tudo, mas de outra forma. “Meus filhos terão computadores sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever, inclusive a sua própria história”, Bill Gates.

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