Moradores reclamam de aparição de escorpiões no São Judas

Eles acusam que surgimento dos bichos decorre de 2 terrenos da vizinhança que acumulam entulhos há mais de 5 anos

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 13/02/2019
Horário 08:43
José Reis - Terrenos abandonados são apontados pelos moradores como locais de origem dos escorpiões
José Reis - Terrenos abandonados são apontados pelos moradores como locais de origem dos escorpiões

Moradores do Parque São Judas, em Presidente Prudente, estão preocupados com as constantes aparições de escorpiões dentro das residências. Na Rua Carlos Humberto Gomes, a falta da limpeza correta de dois terrenos é apontada pela vizinhança como a origem dos bichos peçonhentos. Nos últimos meses, eles se uniram para pedir que a Prefeitura tome providências quanto aos casos registrados, uma vez que há crianças e idosos nas imediações.

O aposentado Jonas Lima, 59 anos, se juntou com os demais moradores que pedem soluções para as dificuldades enfrentadas no bairro. Nesta semana, a indignação com o “abandono” se tornou ainda maior depois que ele encontrou um escorpião em um dos ralos do quintal da residência, próximo à cozinha. “Toda manhã, meu neto de 3 anos vem para casa, e o risco de que ele venha a ser picado por um bicho peçonhento é muito grande. Enquanto os proprietários das áreas não fizerem a limpeza correta, nós não iremos conseguir viver em paz dentro de casa”, lamenta o aposentado. “Moramos em uma rua composta por 12 lotes habitáveis, e em 10 deles já houve aparições de escorpiões”.

Entre as áreas de reclamações está um terreno cercado, localizado entre os numerais 75 e 97 da Rua Carlos Humberto Gomes. Na parte de dentro da limitação, os moradores observaram diversos entulhos de madeira velha que, segundo a vizinhança, está nesta situação há mais de cinco anos. Outro terreno que está tirando o sono dos munícipes fica em frente aos numerais 42 e 48. “Nele tem ruínas de uma construção iniciada que não foi finalizada. A proprietária manda capinar, porém, como se trata de um mato de grandes proporções, além da capina não ser feita corretamente, o mato cortado é abandonado no próprio espaço do lote”, relata Jonas.

Além da preocupação pelas aparições de insetos, a calçada em frente ao prédio onde funciona uma funilaria também incomoda os moradores, uma vez que as elevações causadas pelas raízes fazem com que eles precisem transitar na parte da rua, o que aumenta o risco de acidentes. “Em cima dela também foram colocados entulhos, já fizemos inúmeras reclamações, mas, todas sem efeito algum”.

Fiscais na área

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura para cobrar possíveis resoluções para os problemas apresentados no bairro. De acordo com o Executivo, os donos das duas áreas já foram notificados e multados diversas vezes pela administração municipal. “No caso do terreno localizado entre os numerais 75 e 97, o proprietário foi multado no fim de outubro para fazer a limpeza do imóvel. No segundo endereço, a multa foi lançada em novembro - a segunda multa para este dono apenas em 2018”, pontua o município.

Diante das reclamações que chegaram ao conhecimento do poder público por meio deste diário, fiscais da Seplan (Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Habitação) serão designados a visitarem os locais para verificar a necessidade de uma nova notificação. O valor da multa para terreno sujo ou mato alto é de 1,5 UFM (Unidade Fiscal do Município) por metro quadrado do terreno, equivalente a R$ 5,55. Quanto à calçada, os técnicos irão apurar em que condições se encontram para tomar as medidas administrativas cabíveis.

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