Moradores reivindicam redutores de velocidade

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 21/05/2019
Horário 06:00

Os moradores dos condomínios que ficam ao redor do Jardim Alto da Boa Vista, em Presidente Prudente, especificamente na Avenida Vereador Aurelino Coutinho, possuem uma reivindicação antiga em relação aos cuidados que a Prefeitura deveria tomar com a sinalização no local – que segundo os munícipes é palco de inúmeros acidentes – e que no início da manhã de ontem se viram frente a mais uma colisão entre veículos – sem vítimas graves, o que, dentre outros fatores, demandou a presença de representantes da administração ao local. O gerente do Village Damha, Roberto Vieira, expõe que as negociações se estendem desde 2015 e que, até o momento, nenhuma solução foi dada. “Pelo jeito só teremos uma resposta efetiva quando registramos um acidente grave. Estamos preocupados”.

O primeiro contato dos moradores com a Prefeitura, por meio da pasta que até então se chamava Semav (Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública), ocorreu em novembro de 2015, quando os moradores protocolaram um pedido de “tartarugas” em dois pontos da avenida em questão, um próximo do Bar 33 e outro próximo da portaria do condomínio. “Justifica-se tal solução, tendo em vista que aquele trecho da avenida possui um cruzamento que dá aceso ao condomínio, o qual já contabiliza inúmeros acidentes tendo em vista a altíssima velocidade que os veículos que por ela trafega desenvolvem, justamente por não existir um limitador de velocidade”, informava o ofício que a reportagem teve acesso.

Conforme Roberto, de lá para cá a realidade não foi outra que não a de acidentes constantes. “Ao longo dos anos enviamos outros ofícios e nunca tivemos uma resposta sobre nossas reivindicações. Essa avenida e ruas adjacentes ganharam um fluxo de carros que antes não tinha, e a cidade precisa acompanhar esse desenvolvimento com a sinalização adequada e construção dos inibidores de velocidade”.

O morador do condomínio e autônomo na área financeira, Juarez Carvalho, conversou com a reportagem e afirmou que passa pela avenida várias vezes ao dia e para diversas atividades: trabalho, levar crianças para a escola e demais tarefas. Por isso, a preocupação com a quantidade de veículos em alta velocidade que por ali trafegam é algo constante. “Parece-me que as autoridades competentes não tiveram a preocupação com o aumento do fluxo nesse lado dos condomínios e não tomaram uma atitude. Visivelmente, é um problema fácil de ser solucionado, mas sabemos que há burocracia que impede essa ação”, lembra.

Sem obstáculos

O titular da extinta Semav, e hoje Semob (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Cooperação em Segurança Pública), Adauto Cardoso, sobre o encontro na manhã de ontem com representantes do condomínio, disse à reportagem que a Prefeitura fará “algumas sinalizações proibitivas”, como a de estacionamento e sinalizações de solo, mas afirmou que os redutores de velocidades não poderão ser colocados. “Trata-se da resolução 60 do Contran [Conselho Nacional de Trânsito] de 2016 e que proíbe a colocação de obstáculos em declividade de 6%, e por ser uma curva”.

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