Munícipes pedem novo uso para espaço desocupado

PRUDENTE - ANDRÉ ESTEVES

Data 16/05/2018
Horário 09:45
Jose Reis - Jamilson aponta que Estado é culpado pelo abandono da área
Jose Reis - Jamilson aponta que Estado é culpado pelo abandono da área

A demolição do antigo prédio da Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral), iniciada ontem pela Prefeitura de Presidente Prudente, ganhou a aprovação dos munícipes que trabalham nas proximidades do imóvel. Antes do incêndio que danificou a estrutura, os cidadãos eram a favor da reforma e reuso do espaço, no entanto, defendem que a sua recuperação se tornou impraticável após o desastre. Agora, eles solicitam a intensificação das medidas de segurança aplicadas no local, com o objetivo de evitar outras invasões, e que o Estado encontre uma nova finalidade para a área ao invés de deixá-la, novamente, “abandonada”. Conforme a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento, a propriedade permanece na relação de imóveis do FII (Fundo de Investimento Imobiliário) do governo do Estado para ser alienada futuramente.

O comerciante Jamilson Leandro Cardoso, 40 anos, acredita que a ação deve minimizar a perturbação de sossego causada pelos moradores de rua e usuários de entorpecentes que habitavam o prédio. Segundo ele, os transeuntes eram constantemente abordados pelos invasores, o que gerava uma série de reclamações. Para o prudentino, “o principal culpado é o Estado”, que desocupou o imóvel sem lhe dar um novo fim ou garantir a vigilância e manutenção do espaço. “Por conta disso, o local estava sempre sujo e o cheiro de urina era insuportável”, avalia.

A balconista Zilda Bandeira, 63 anos, acredita que, se o local não for devidamente isolado após o término da demolição, os trabalhos serão “inúteis”, pois os moradores de rua voltarão a ocupar a área. Em sua opinião, é preciso que a administração faça o cercamento do imóvel, especialmente com proteção elétrica. Questionada sobre como a propriedade poderia ser mais bem utilizada, ela sugere a instalação de um estacionamento para os usuários do Poupatempo, uma vez que a competição por uma vaga na avenida é alta.

Já o jornaleiro Lourival Antônio Souza Jorge, 65 anos, pondera que a área poderia ser explorada para o comércio, tendo em vista a sua proximidade com o Terminal Rodoviário e o Poupatempo, que, segundo ele, é o “termômetro” daquela região. “É preciso que a Prefeitura e o Estado discutam o que deve ser feito quanto ao terreno. O que não pode é permanecer parado e servindo como ponto de práticas ilícitas”, pontua.

 

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