Nível de emprego fecha em alta após 2 meses negativos

Relativos a agosto, dados do Ciesp/Fiesp mostram saldo de 200 postos de trabalho; empresas de produtos alimentícios tiveram melhor desempenho

REGIÃO - THIAGO MORELLO

Data 19/09/2018
Horário 05:37
Funada/Cedida - Produção de itens alimentícios aumentou, com a proximidade do fim de ano
Funada/Cedida - Produção de itens alimentícios aumentou, com a proximidade do fim de ano

Diferente dos meses de junho e julho, o nível de emprego industrial fechou agosto em alta, com um saldo de 200 novos postos de trabalho na região de Presidente Prudente. É o que mostra os números do Ciesp/Fiesp (Centro e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), divulgados na tarde de ontem. No segundo semestre de 2018, essa é a primeira variação positiva. Entretanto, no acumulado dos últimos 12 meses, a situação ainda é em baixa, uma vez que o cenário variou negativamente, com déficit médio de -1,96%, o que representa uma queda de 850 vagas de emprego.

Mas, por ora, o mês de agosto caracteriza uma recuperação no mercado de trabalho, que foi presenciada e ocasionada, em sua maioria, pelo setor de produtos alimentícios, com superávit de 1,51%. Em números, a porcentagem pode até ser menor que outros, mas por agregar um número maior de recursos humanos, a quantidade de contratação é mais alta. Na sequência, vem a categoria de produtos de minerais não metálicos, 2,86%; e coque, petróleo e biocombustíveis, com 0,40%.

Dentro do setor com a melhor performance, a Funada é uma empresa de Prudente que atua na região. À reportagem, a analista de recursos humanos, Gleice Fabrício Barbudo, confirma uma positividade no setor, pelo menos por parte deles. “Em relação ao mês de agosto, é normal que tenha um aumento anual nos números de empregados, principalmente por questões logísticas e pensando em turnos da noite”, completa. Ela não deixa de citar que tal ação já é também um preparo, mesmo que precoce, para as venda de fim de ano.

Readequação

A situação de superávit é vista pelo diretor regional do Ciesp/Fiesp, Wadir Olivetti Júnior, como uma readequação no mercado. “As empresas demitiram uma grande quantidade de funcionários, devido o período de crise. E, agora, elas estão vendo a possibilidade de voltar aos poucos com o quadro anterior, se adequando conforme as melhorias na economia vão ocorrendo, por mais que seja devagar”, explica.

E mesmo com um mês com saldo de 200 vagas, o diretor regional entende que ainda é pouco, se houver uma divisão por município na região, no entanto, é sempre visto com “bons olhos”. O prognóstico, pelo menos, é de que esse equilíbrio se prolongue até dezembro, em vista da preparação para o fim de ano, “com reposição de estoque e retorno do consumo”, completa Wadir, que também não deixa de citar a crença de um 2019 melhor, que advém da transição de governos.

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