Novo reajuste no gás de cozinha desagrada comerciantes

Com os novos valores em vigência desde segunda-feira, já é possível comprar o produto por um preço mais caro do que o vendido na cidade na semana passada

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 27/11/2019
Horário 09:15
Jean Ramalho - Reajustes nos botijões de 13 quilos já são encontrados em Prudente
Jean Ramalho - Reajustes nos botijões de 13 quilos já são encontrados em Prudente

Não demorou muito para que os reflexos do anúncio de reajuste médio de 4% no preço do gás de cozinha, no botijão de 13 quilos, chegasse a Presidente Prudente. Com os novos valores em vigência desde segunda-feira, já é possível comprar o produto por um preço mais caro do que o vendido na cidade na semana passada, conforme apurado pela reportagem ontem. A medida não agradou os comerciantes.

Na Ferreirinha Gás e Água, por exemplo, ontem foi comprada a primeira remessa já com o novo valor, quando foram adquiridas 35 unidades para o estoque do estabelecimento. Com isso, o produto que era comercializado por R$ 67 até então ganha um novo valor e passa a ser vendido por R$ 69. “Esse aumento acaba nos atrapalhando, pois não conseguimos absorver a diferença no preço e, por isso, repassamos ao consumidor, que reclama com razão”, expõe o funcionário Vinicius Santos. Em outubro, a companhia conseguiu não repassar aos clientes, mas a chegada do fim do ano não permitirá tal medida.

No Bruno Gás e Água está previsto para chegar hoje uma nova remessa do produto. O valor, para o consumidor, terá uma diferença de R$ 1, passando de R$ 69 para R$ 70, e traz impactos no local. “Dificilmente as pessoas entendem que não somos nós que escolhemos esses aumentos, mas tentamos sempre explicar o motivo do novo preço, pois nossa margem de lucro é baixa”, expõe Bruno Ginas.

A “Folha de São Paulo” realizou um levantamento e constatou que este é o segundo aumento seguido no preço do produto, já que em outubro apresentou alta média de 5%. “Após cinco ajustes no ano - quatro aumentos e uma queda de 8,2%, a alta acumulada fica em 4,8%”.

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