O papel do geógrafo nas mudanças ambientais da região de Presidente Prudente

OPINIÃO - Alyson Bueno Francisco

Data 27/10/2019
Horário 07:00

No ramo da Geografia que investiga as mudanças ambientais existe, no campus da Unesp de Presidente Prudente, o Gaia (Grupo de Pesquisa Interações na Superfície, Água e Atmosfera). Dentre os temas investigados na região de Presidente Prudente, a professora doutora Margarete Amorim pesquisa sobre o clima urbano de Presidente Prudente e cidades de pequeno porte. O professor doutor José Tadeu G. Tommaselli dedicou-se aos estudos sobre a atmosfera de Presidente Prudente por meio da estação meteorológica localizada no campus da Unesp. A pesquisa geográfica permite espacializar os dados de monitoramento dos fenômenos naturais.

Desde 2009 desenvolvemos, sob a coordenação do professor doutor João Osvaldo R. Nunes, um projeto de análise dos processos erosivos na região de Presidente Prudente. O cenário de degradação do solo provocou muitas reflexões de como resolver concretamente um dos principais problemas da região. O geógrafo, ao identificar e mapear as áreas mais afetadas pelas formas erosivas de grande porte, denominadas boçorocas; pode apresentar propostas para o controle da erosão urbana. Em Rancharia, investigamos durante 10 anos um caso de uma boçoroca, cuja erosão remontante atingiu a principal avenida da cidade em 2015. O governo estadual pode apoiar as prefeituras na implantação de obras de controle da erosão urbana, como ocorreu em Assis e Paraguaçu Paulista.

Atualmente, investigamos o caso de uma boçoroca na microbacia do Ribeirão Alegrete em Martinópolis. A Geografia é uma ciência de amplitude temática e conhecimento capaz de apresentar não apenas as propostas de planejamento na escala regional, mas pode somar esforços, com apoio nas geotecnologias, para desenvolver pesquisas para a escala municipal e das microbacias hidrográficas.

 

 

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