Oficina com materiais recicláveis reúne 125 pessoas no Matarazzo

Durante a atividade, realizada na manhã de ontem, Simone Hernandes ensinou a fazer encadernação com elásticos, papel reciclado e corino reutilizado de sofás

VARIEDADES - PEDRO SILVA

Data 16/08/2019
Horário 06:46
Pedro Silva - Espaço Sesc disponibilizou ontem 125 kits para a produção dos cadernos e atendeu 5 turmas
Pedro Silva - Espaço Sesc disponibilizou ontem 125 kits para a produção dos cadernos e atendeu 5 turmas

Além da magia das histórias e a grande movimentação nos estandes literários, a arte teve destaque, ontem, no sexto dia do Flitpp (Festival Literário de Presidente Prudente), que segue até domingo, no Centro Cultural Matarazzo.

No Espaço Sesc, a artesã Simone Hernandes ensinou o projeto de encadernação romana, para 125 pessoas. A artista explica que a técnica não é de Roma, e que o nome foi dado pelo Sesc por remeter a técnicas antigas. A confecção consiste em uma encadernação com elásticos, e principalmente se utilizando de matérias recicláveis, como papel reciclado e corino - couro sintético - reutilizado de sofás.

Simone diz que o objetivo da oficina é reaproveitar materiais e resgatar antigos costumes, pois segundo ela, “hoje em dia a gente está muito no celular, não é? Então não temos mais essa coisa de escrever. Ali você pode anotar, usar como um diário, com um caderno de receitas, vai da criatividade de quem irá utilizar”.

Para aqueles que se sentem acuados, por pensarem que não tem habilidades para confeccionar a peça, Simone incentiva: “É só a gente estar disposto, às vezes as pessoas falam ‘eu não vou fazer porque não tenho talento’, tem sim! Todo mundo tem talento, ele só está escondido”. E afirma que o público é variado, ressaltando que “a parte manual não tem idade”. Todos os materiais reutilizados para a confecção das peças foram oferecidos pelo Sesc aos participantes.

Magia das histórias

O espaço Era Uma Vez recebeu ontem adultos e idosos, que foram envolvidos com os contos interpretados por Cida Santos. A contadora iniciou o dia de apresentações com duas histórias de Ricardo Azevedo sobre hospícios. Na atividade, Cida, através das estórias, levou o público ao questionamento sobre o que é ser louco. E com piadas e interações físicas, o que restou foram gargalhadas.

As atividades no espaço continuaram com o professor da Escola de Artes Municipal Professora Jupyra Cunha Marcondes, Davi Rocha, apresentando temas no violão baseados em passagens e personagens do livro “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry.

Após a apresentação musical, o grupo de contadores do Cellij (Centro de Estudos de Leitura e Literatura Infantil e Juvenil), da Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) de Presidente Prudente, contaram histórias também de Ricardo Azevedo e outros autores para o publico presente. Sarah Gracielle Teixeira Silva, aluna de pedagogia da Unesp, conta que o projeto se iniciou na biblioteca da universidade e hoje tem um espaço onde contam histórias para o público infanto-juvenil. O grupo apresentou três histórias, sendo duas delas com temática circense, entre elas “Dona Zulmira vai ao Circo” de Blandina Franco e Jose Carlos Lollo.

Os estudantes se apresentaram pouco caracterizados e com a técnica de flanelógrafo – cenário construído em tábuas e utilizado por um participante do grupo – para ilustrar as estórias. Sarah destaca que “nós não costumamos nos caracterizar muito, porque a gente tenta focar na literatura mesmo, na história”.

Feira

Mesmo com o frio e ventos gelados da manhã de ontem, os estudantes e visitantes estavam animados para garantir um exemplar de sua preferência. Vários alunos buscavam títulos em quadrinhos e de autoria de youtubers – produtores de conteúdo áudio visual para a plataforma de vídeos online YouTube – como Luccas Neto. Os responsáveis pela venda – Giz Editora – dizem que o livro mais procurado e vendido nessa edição é “O Pequeno Príncipe”.

 

 

 

 

 

 

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