Pai e filho se destacam nos “tatames da vida”

Recentemente, no Brasileiro de Jiu-Jitsu, Ari Perdomo foi bicampeão brasileiro e vice no Master Absoluto, já Raphael ficou em 3º na categoria Infanto-Juvenil B 

Esportes - OSLAINE SILVA

Data 27/06/2019
Horário 09:38
 José Reis - Pai e filho: unidos no amor pela arte do jiu-jitsu e em muitas histórias para contar
José Reis - Pai e filho: unidos no amor pela arte do jiu-jitsu e em muitas histórias para contar

Ari Perdomo Leite, 44 anos, representante comercial, e Raphael Martins Perdomo, 15 anos, estudante, ambos de Álvares Machado. O que eles têm em comum? Além de ser pai e filho, o amor pela arte do jiu-jitsu e muitas histórias para contar na vida e nos tatames! “Há sete anos, preocupado com a saúde do Raphael, pois ele estava acima do peso, fui à busca de uma arte marcial para que ele pudesse praticar. Inicialmente começamos com o MMA, e nas aulas conhecemos o jiu-jitsu qual nos identificamos e não paramos mais de praticar”, expõe Ari.

Além de o esporte ter trazido mais qualidade de vida tanto ao filho quanto ao pai, Ari destaca que a cumplicidade, rotina familiar melhorou e muito. “Consegui evitar que meu filho fosse totalmente tomado por esse mundo altamente tecnológico e virtual, onde as pessoas mal conversam dentro de suas próprias casas. No seio familiar. Nas horas em que passamos treinando não nos lembramos de celular, computador, tablets e, com toda certeza, jovens que crescem envolvidos com algum esporte dificilmente se envolvem com as drogas. O que é um pesadelo para qualquer pai que ama seu filho!”, exclama o patriarca.

Recentemente, pai e filho participaram do Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu Esportivo 2019 da CBJJE (Confederação Brasileira de Jiu-jitsu Esportivo), na capital paulista. Ari consagrou-se bicampeão brasileiro e vice-campeão no Master Absoluto (faixa roxa pesado). Já Raphael, foi destaque, conquistando a terceira colocação na categoria Infanto-Juvenil B / Extrapesadíssimo (faixa verde).

Segundo Ari, esta é a segunda vez que participam do campeonato. Ele conseguiu chegar a final da categoria fazendo duas lutas, e na final do absoluto fazendo três lutas perdendo para um atleta de Florianópolis (SC).

Raphael fez três lutas perdendo a semifinal para o campeão da categoria. Pai e filho agora se preparam para o próximo evento, o Mundial de Jiu-Jitsu também pela CBJJE, em julho no Ibirapuera, na capital paulista.

“Trata-se de um campeonato em que o Raphael foi medalhista em 2016 e 2017. Eu carrego mundiais em 2015/2016/2017/2018 sempre como vice ou terceiro colocado. Falta o tão sonhado ouro [risos]”, almeja Ari.

Para ter bons resultados nos tatames a rotina de treinos da dupla é dura! Em média quatro vezes por semana. Segundo Ari, treinos estes em que laços sanguíneos não são levados em conta, mas sim o profissionalismo. Eles se tornam atletas que treinam entre si e pegam pesado mesmo.“Claro que respeitando os limites de cada um. Temos um ótimo professor, o Fagner Tateisi da equipe M4Bjj Marcio Mendes, que exige o nosso melhor nos tatames. Com isso colhemos juntos os frutos de seu trabalho. Um conselho que dou é que se você pai quer iniciar um filho em alguma arte marcial, no esporte, de modo geral, procure um profissional com referências dentro da modalidade. Busque um esporte que ele mais se identifique para começar logo, não deixe para depois, pois o amanhã pode ser tarde nesse mundo cruel e perigoso que está ai fora”, aconselha Ari, pai e atleta companheiro do filho.

 

 

 

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