Para o trânsito fluir, ideias precisam sair do papel

EDITORIAL -

Data 06/12/2019
Horário 04:02

O caos no trânsito é um dos principais problemas nas grandes cidades brasileiras e até mesmo mundo afora. A ampla frota de carros existentes nestes locais causa lentidão no tráfego, congestionamentos e até mesmo acidentes.

Em Presidente Prudente, conforme levantamento do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), há 174.954 veículos. Ao mesmo tempo, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o município conta com 228.743 pessoas, resultando em média de 1,3 habitante por veículo. Uma reportagem na edição de ontem relembrou como tem sido a famosa hora do rush por aqui.

Nos horários de pico - 7h, 12h e 18h -, momento em que a maioria da população sai de casa para trabalhar ou ir para escola e vice-versa -, é impossível trafegar normalmente pelas principais avenidas e ruas do município, sem enfrentar longas filas nos semáforos. A pessoa já entra no carro sabendo o que vem pela frente.

É comum vermos no trânsito, por exemplo, motoristas que xingam, gritam, colocam a mão para fora, buzinam. Falta paciência e, com isso, vem também a falta de prudência. Para se esquivarem do caos, fazem ultrapassagem pela direita, avançam no sinal vermelho, motoqueiros saem quase que esbarrando nos veículos maiores ao passarem pelo meio.

Sem contar a falta de vagas que, durante todo o dia, tem sido uma constante no centro prudentino e também ao redor. Com estacionamentos pagos muitas vezes lotados, muitos ainda se arriscam a pararem em lugares proibidos ou em vagas destinadas a deficientes e idosos. Aqui novamente vem a falta, desta vez de educação.

Para uma cidade em pleno desenvolvimento, um trânsito cada vez mais caótico já era de se esperar. Porém, algumas estratégias que vêm sendo pensadas precisam sair do papel e serem rapidamente colocadas em prática pela Semob (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Cooperação em Segurança Pública). Entre as opções em estudo, está a de manter as principais avenidas, que hoje atuam com dois sentidos, com um só; e a instalação de uma central, que por meio do monitoramento de câmeras, facilitaria o controle e verificação do funcionamento dos semáforos.

Muitos deles apresentam problemas. Há diversos outros pontos: falta de canteiro central e rotatórias, ausência de vias de mão rápida, estrangulamento de ruas. Estratégias para reduzir estas situações críticas devem ser colocadas em prática “pra ontem”.

Publicidade

Veja também